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Linha Direta

Escândalo político abala governo de Israel

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Um escândalo de corrupção envolvendo um dos maiores partidos de Israel complica ainda mais o cenário político israelense a três meses das eleições gerais no país, marcadas para o dia 17 de março de 2015.

Avigdor Lieberman, ministro das Relações Exteriores de Israel, um dos principais suspeitos do escândalo de corrupção em seu país.
Avigdor Lieberman, ministro das Relações Exteriores de Israel, um dos principais suspeitos do escândalo de corrupção em seu país. REUTERS/ Ronen Zvulun
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O mais recente escândalo político israelense envolve um esquema de suborno, fraude e abuso de confiança que parece alcançar proporções históricas. Na semana passada, 36 pessoas foram presas por causa de uma investigação policial que era mantida em segredo há um ano e, só agora, se tornou pública.

Entre os suspeitos, está a vice-ministra do Interior, Faína Kirschenbaum, uma das figuras mais próximas ao chanceler israelense, Avigdor Lieberman, do partido ultraconservador “Israel Nossa Casa”, que sempre apoiou o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, contando com votos dos imigrantes russos em Israel.

Alto escalão do governo de Israel esteve envolvido em outros escândalos

Segundo a polícia, Kirshenbaum liderava um esquema no qual o partido de Lieberman doava dinheiro público para instituições diversas como ONGs, conselhos municipais e ligas desportivas sendo que parte da verba voltava para o partido ou era usada como pagamento por nomeações públicas.

São 16 casos, sendo que a polícia ainda não divulgou o montante total do dinheiro desviado. Num dos casos, sabe-se que o equivalente a R$ 650 mil.

Esse escândalo acrescenta-se a uma série de casos de corrupção no alto escalão no governo que têm afetado a confiança dos israelenses em seus líderes. Recentemente, o ex-primeiro-ministro Ehud Olmert foi condenado a seis anos de prisão por uma série de fraudes envolvendo a construção de um complexo residencial em Jerusalém.

Premiê israelense mantém silêncio

Até agora, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, do partido de direita “Likud”, não se posicionou. Um dos motivos pode ser o fato de que Lieberman tem se distanciado politicamente de Netanyahu com discursos mais centristas para um público mais amplo, não só para os imigrantes russos.

Recentemente, Lieberman afirmou que é preciso assinar um acordo de paz com os palestinos, criticando o que chamou de “posições intransigentes” de Netanyahu.
Mas não se sabe se a virada ideológica é apenas uma jogada política: Lieberman talvez queira aproveitar a onda eleitoral em Israel, que favorece candidatos mais centristas com plataformas socioeconômicas.

 

 

 

 

 

 

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