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Reportagem

Em Paris, Schwarzenegger incentiva Conferência do Clima de 2015

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O ator americano Arnold Schwarzenegger, militante pela defesa do meio ambiente, foi recebido nesta sexta-feira (10) pelo presidente francês, François Hollande, em Paris. O ex-governador da Califórnia prometeu “ajudar de todas as maneiras possíveis” para que a Conferência do Clima de Paris, em 2015, resulte em um acordo internacional para limitar as mudanças climáticas.

Arnold Schwarzenegger (d) se reuniu com o presidente francês, François Hollande, o ecologista Nicolas Hulot e o chanceler francês, Laurent Fabius (e), em Paris.
Arnold Schwarzenegger (d) se reuniu com o presidente francês, François Hollande, o ecologista Nicolas Hulot e o chanceler francês, Laurent Fabius (e), em Paris. REUTERS/Christian Hartmann
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Depois da reunião com Hollande, no palácio do Eliseu, Schwarzenegger afirmou ter ficado surpreso com a paixão do presidente francês pelas questões ambientais. “Eu acho que vocês têm um bom líder aqui na França e eu espero que nós trabalhemos juntos no futuro”, declarou.

Amanhã, o ator é a estrela de uma reunião do R20, uma organização fundada por ele que reúne regiões do mundo inteiro com políticas mais ecológicas. A conferência se iniciou nesta sexta-feira, na capital francesa, apresentando iniciativas em países dos cinco continentes. O objetivo é mostrar que é possível agir contra as mudanças climáticas independentemente dos acordos internacionais sobre o assunto - que costumam ser insuficientes, segundo ambientalistas.

Caso brasileiro

O Brasil foi representado neste primeiro dia da reunião. Jorge Pinheiro Machado, diretor da R20 no país, trouxe o caso da substituição da iluminação pública por lâmpadas de LED em diversas cidades do Estado do Rio de Janeiro. Essas lâmpadas consomem menos energia e duram mais tempo.

“Nós achamos uma maneira de contribuir com essas cidades trazendo um pacote completo, para que os prefeitos troquem a iluminação velha por LED. Além da economia de eletricidade que eles terão, de cerca de 50%, também há uma economia de cerca de 40% no custo de manutenção”, explica. “Conseguimos montar uma parceria entre uma empresa da municipalidade e uma empresa privada, liderada pelo grupo Pegasus e a Eletrobrás. Eles vão trazer investidores para o projeto, que vão receber de volta através da economia que o equipamento gera, em eletricidade e manutenção, para a cidade.”

Machado conta que a próxima parceria em vista é viabilizar geração elétrica solar para comerciantes do país. Segundo ele, atualmente é o comércio que paga a maior tarifa de energia. “Com esse pacote, eles vão pagar de 5 a 10% menos do que paga hoje, para as distribuidoras”, afirma.

Em busca de um acordo pós-Kyoto

Quanto à Conferência do Clima do ano que vem, depois de vivenciar sucessivas decepções, como a cúpula de Copenhague, em 2009, o diretor brasileiro da R20 prefere não alimentar expectativas sobre a capacidade de os líderes dos 193 países da ONU chegarem a um novo acordo climático. O Protocolo de Kyoto, único acerto internacional que limita as emissões de gases de efeito estufa, expira em 2020.

“Eu não tenho expectativa nenhuma para a COP 2015. Eu acho que esse movimento da base para cima tem que se fortalecer e crescer, porque se cada um fizer a sua parte, vamos propiciar uma minimização dos problemas mais rapidamente”, ressalta. “Os cientistas já estão com as teorias prontas e já sabem que há necessidade de agir. Resta a nós todos arregaçarmos as mãos e agirmos.”

A Conferência do Clima deste ano acontece em Lima, no Peru. Apenas a cúpula de Paris vai contar com a presença dos chefes de Estado e de Governo dos países participantes.
 

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