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Linha Direta

Cúpula do clima em Nova York serve de teste para acordo global em 2015

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Um número recorde de chefes de Estado, incluindo a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, é esperado para a Cúpula do Clima nesta terça-feira nas Nações Unidas, em Nova York. Mais de 120 países devem anunciar um plano a longo prazo para combater o aquecimento global e medidas mais imediatas para reduzir a emissão de gases poluidores.

A Cúpula do Clima, em Nova York, deve anunciar medidas a curto e longo prazos para combater o aquecimento global.
A Cúpula do Clima, em Nova York, deve anunciar medidas a curto e longo prazos para combater o aquecimento global. REUTERS/Mike Segar
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Luisa Leme, de Nova York

A emissão de gases do efeito estufa bateu recordes nos últimos anos. A ONU declara que não há mais tempo a perder com discordâncias e exige ações concretas dos governos. Os últimos relatórios da organização apontam que, daqui para frente, as mudanças climáticas serão muito mais dramáticas no mundo, se esse quadro não for revertido.

A reunião vai funcionar mais ou menos como um ensaio da COP-21, a Conferência do Clima marcada para acontecer em Paris em 2015, onde os países devem assinar um acordo internacional se comprometendo com a redução de gases poluentes. Em Nova York, a ONU espera que os países anunciem metas de redução de gases, mudanças em suas políticas − como a aplicação de um imposto sobre emissões de monóxido de carbono, por exemplo − e também quer incentivar a formação de coalizões entre governos e o setor privado.

A última vez em que muitos países tentaram negociar sobre emissão de gases poluentes e um calendário de prazos para se reduzir emissões foi em Copenhaggen, em 2009, e essas conversas fracassaram. Para evitar uma repetição desse cenário, os países devem anunciar desde agora suas intenções, 15 meses antes do encontro em Paris.

Participação do setor privado

A Cúpula do Clima de Nova York contará com a participação de várias empresas do setor privado, que se comprometeram a anunciar medidas adotadas para diminuir a emissão de poluentes. O setor também está sob pressão de consumidores e investidores para que tenha um papel mais ativo no combate ao aquecimento global.

Agenda e a participação do Brasil

A conferência vai contar com os discursos oficiais do secretário-geral Ban Ki-moon, do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, e de embaixadores da ONU. O evento terá três sessões plenárias simultâneas, onde os países vão se pronunciar. O Brasil deve participar da plenária chefiada pelo presidente da Assembleia Geral e deve ser o terceiro país a falar na manhã de terça-feira.

A presidente Dilma Rousseff deve explicar as suas propostas em relação ao meio ambiente, caso ela seja reeleita. Com as últimas pesquisas apontando um crescimento das intenções de voto em sua candidatura, a presidente sentiu-se mais segura para viajar. Além disso, vão acontecer debates temáticos sobre as razões econômicas para se combater o aquecimento global, discussões com ambientalistas e um fórum com o setor privado.
 

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