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Linha Direta

Líderes do Mercosul discutem em Caracas maior interação com Alba e Petrocaribe

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Os líderes do Mercosul se reúnem por dois dias em Caracas, a partir desta segunda-feira (28), para discutir uma série de planos de associação com outros blocos. Durante o encontro, será assinado um primeiro documento criando uma "região econômica" com os países da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba) e Petrocaribe.

Foto dos presidentes Evo Morales, Cristina Kirchner, José Mujica, Dilma Rousseff e Nicolas Maduro durante a cúpula de julho de 2013.
Foto dos presidentes Evo Morales, Cristina Kirchner, José Mujica, Dilma Rousseff e Nicolas Maduro durante a cúpula de julho de 2013. Reuters/ Nicolas Garrido
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De Caracas, Elianah Jorge

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse que a aproximação de Mercosul, Alba e Petrocaribe vai fortalecer a integração latino-caribenha. A Alba é integrada por Bolívia, Cuba, Equador, São Vicente e Granadinas, Dominica, Antígua e Barbuda, Santa Lúcia, Venezuela e Nicarágua, país que explicará durante a cúpula seu projeto de construção de um canal para unir o Atlântico ao Pacífico.

O acordo energético Petrocaribe é composto, por sua vez, por Antígua e Barbuda, Bahamas, Belize, Cuba, Dominica, Granada, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, El Salvador, Jamaica, Nicarágua, República Dominicana, São Cristóvão e Nevis, São Vicente e Granadinas, Santa Lúcia, Suriname e Venezuela. A aliança Petrocaribe foi criada pelo ex-presidente Hugo Chávez para fornecer petróleo venezuelano barato aos países do Caribe.

A 46ª cúpula de líderes do Mercosul estava prevista para acontecer em dezembro passado, mas foi adiada devido aos problemas de saúde da presidente argentina, Cristina Kirchner, que por sinal assumirá a presidência rotativa do bloco durante o encontro. 

Os líderes do Mercosul também vão discutir a proposta de acordo de livre comércio com a União Europeia, emperrada há dez anos. A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, irá propor antecipar para o fim do ano a eliminação de tarifas comerciais entre os países do Mercosul e os da Aliança do Pacífico, até então prevista para 2019.

O presidente boliviano, Evo Morales, participa da cúpula como observador, uma vez que a Bolívia ainda não é membro pleno do Mercosul. Já o salvadorenho Salvador Sánchez Cerén está interessado em manter uma relação com o bloco. Por sua vez, o nicaraguense Daniel Ortega pretende fazer uma exposição sobre os benefícios econômicos da construção de um canal entre o Atlântico e o Pacífico, na América Central. A chilena Michelle Bachelet manifestou interesse em se reunir com a oposição venezuelana para tratar da crise político-social do país anfitrião.

Agenda

De acordo com a agenda da cúpula, hoje estão previstas reuniões com os ministros de Relações Exteriores do bloco. Amanhã, os chefes de Estado fazem reunião de trabalho. Alguns presidentes chegam nesta segunda-feira a Caracas. É o caso do uruguaio José Mujica, que vai a Barinitas, na região centro-oeste do país, cidade natal de Hugo Chávez. Mujica participará de uma homenagem ao ex-presidente, que hoje faria 60 anos.

A presidente Dilma Rousseff deve chegar à capital venezuelana no início da noite. Amanhã pela manhã, os líderes depositarão uma coroa de flores no monumento em homenagem ao herói nacional Simón Bolívar, no centro de Caracas. Em seguida, começa a reunião dos presidentes de países do Mercosul na Casa Amarilla, a sede da chancelaria venezuelana. A sessão plenária de transferência da presidência da Venezuela para a Argentina está prevista para o início da tarde.

Brasil e Israel

O mal-estar gerado com a declaração israelense de que o Brasil é um país irrelevante na diplomacia internacional, depois de Brasília condenar o uso desproporcional da força na Faixa de Gaza, poderá ser discutido durante o encontro. Está previsto que os líderes avaliem a situação no Oriente Médio. Mas ainda não há informações concretas sobre o que pode sair da reunião dos presidentes. A relação da Venezuela com Israel é delicada desde a época de Hugo Chávez. Nicolás Maduro se manifestou recentemente contra o conflito em Gaza.

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