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Conflito/Gaza

Um palestino morre a cada 35 minutos na ofensiva de Israel contra o Hamas

De acordo com autoridades da Faixa de Gaza, um palestino morre a cada 35 minutos nos bombardeios israelenses contra a região. Nesta quarta-feira (23), no 16° dia do conflito, mais cinco palestinos morreram, incluindo duas crianças. Até o momento, o número de vítimas fatais na Faixa de Gaza chegou a 650 pessoas, enquanto Israel registrou 31 mortes, 29 soldados e dois civis.

Os bombardeios israelenses sobre Gaza continuam nesta quarta-feira. A Unicef confirma que 121 crianças palestinas foram vítimas da ofensiva israelense nestes 15 dias.
Os bombardeios israelenses sobre Gaza continuam nesta quarta-feira. A Unicef confirma que 121 crianças palestinas foram vítimas da ofensiva israelense nestes 15 dias. REUTERS/Baz Ratner
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Nesta manhã, Israel ampliou as ações terrestres na Faixa de Gaza. De acordo com o porta-voz do exército israelense, Peter Lerner, a localidade de Shajaya, violentamente bombardeada no último fim de semana, retomou a calma nas últimas 24 horas. “A situação parece estar sob controle”, estimou, lembrando que “os combates continuam”, neste local que é considerado como uma das bases do movimento islâmico Hamas.

Já na Cisjordânia, pela segunda noite consecutiva, um palestino foi morto na Cisjordânia ocupada, onde as manifestações em apoio à Gaza se multiplicam há alguns dias. Cerca de 20 pessoas foram presas depois de entrar em confronto com a polícia.

O Hamas continua respondendo aos bombardeios lançando foguetes ao território israelense. Um deles caiu em uma área próxima do aeroporto internacional Ben Gourion, de Tel Aviv, levando companhias aéreas estrangeiras a suspender, por razões de segurança, os voos para Israel.

A medida, adotada inicialmente por 24 horas, pode ser suspensa amanhã. Fazia 25 anos, desde a Guerra do Golfo, que companhias aéreas não suspendiam voos para Israel.

Cessar-fogo é descartado

Um cessar-fogo a curto prazo é pouco provável, apesar dos apelos internacionais e dos esforços diplomáticos dos Estados Unidos e da ONU.

Depois de visitar ontem o Egito, o secretário de Estado americano, John Kerry, desembarcou hoje em Israel. Em Jerusalém, ele vai se reunir com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon. Na Cisjordânia, ele encontrará o presidente palestino, Mahmoud Abbas. Depois, em Tel Aviv, ele se reunirá com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Ban Ki-moon também deve se reunir hoje com o presidente israelense, Shimon Peres, que está nos últimos dias de seu mandato.

Crise humanitária

A ONU chama a atenção para a grave crise humanitária na Faixa de Gaza: 100 mil pessoas tiveram de abandonar suas casas sem ter para onde ir. Os civis palestinos continuam sendo as maiores vítimas do conflito: quase 650 mortos, um terço crianças, e mais de 3.700 feridos. Os foguetes palestinos mataram, do lado israelense, 29 soldados e dois civis.

Em reunião reunião extraordinária, em Genebra, o Conselho de Direitos Humanos da ONU declarou hoje ser fortemente provável que Israel viole o direito internacional na Faixa de Gaza. A comissária Navy Pillar também denunciou os ataques indiscriminados do Hamas a zonas civis israelenses.

As autoridades palestinas pediram proteção internacional à ONU e uma investigação sobre as violações sistemáticas dos direitos humanos em Gaza.

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