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Voo MH 17/Acidente

Rússia promete cooperar com investigação sobre acidente do voo MH17

A Rússia afirma estar disposta a "cooperar integralmente" com uma investigação internacional independente para esclarecer as causas da queda do Boeing da Malaysia Airlines no leste da Ucrânia.

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Em nota oficial divulgada nesta terça-feira (22), o governo russo diz concordar que a investigação seja feita com a participação da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) ligada à ONU. Moscou oferece a ajuda de especialistas e ainda felicita o Conselho de Segurança da ONU por ter aprovado, ontem, uma resolução que condenou o acidente e exige acesso livre aos destroços do aparelho.

Depois da votação na ONU, o presidente Vladimir Putin conversou por telefone com o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, sobre o cessar-fogo aceito pelos separatistas em um perímetro de 10 quilômetros em torno do local onde estão os restos do Boeing.

O primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, disse hoje que as alterações "na cena do crime" precisam acabar, referindo-se à remoção de objetos da carcaça do avião. Abbott acusou os pró-russos de "falsificar provas em escala industrial" e enfatizou que a queda do Boeing foi um crime e não um acidente.

Caixas-pretas

Nesta madrugada, os separatistas pró-russos entregaram a autoridades da Malásia as duas caixas-pretas do avião. O acordo sobre a entrega dos equipamentos e a liberação do trem com os corpos das vítimas foi anunciado pelo autoproclamado primeiro-ministro da República Popular de Donetsk, Alexandre Borodai.

O trem transportando os corpos de 282 dos 298 ocupantes do avião deixou a cidade de Torez, situada em zona rebelde, e chegou na manhã desta terça-feira a uma área protegida pelo Exército ucraniano na localidade de Kharkiv. Um avião militar holandês levará os corpos para identificação na Holanda. A maioria dos passageiros era de nacionalidade holandesa.

Reunião em Bruxelas

Os ministros de Relações Exteriores da União Europeia se reúnem hoje em Bruxelas e devem adotar novas sanções contra a Rússia, sob pressão de países do leste e da opinião pública, chocada com a morte de mais de duzentos cidadãos europeus no acidente na Ucrânia.

A Alemanha, presa a interesses econômicos conflitantes com a Rússia, defende agora sanções duras contra Moscou. O ministro de Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, declarou que o diálogo diplomático não foi suficiente para pressionar Moscou a diminuir a tensão na Ucrânia.

A França também está na mira de governos do leste europeu, por vender navios militares à Rússia e não querer suspender as entregas programadas para o segundo semestre.

 

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