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Linha Direta

Jean-Claude Juncker deve ser nomeado presidente da Comissão Europeia

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Os líderes europeus devem confirmar, nesta quinta-feira (26), a indicação do ex-primeiro-ministro de Luxemburgo Jean-Claude Juncker para a presidência da Comissão Europeia, apesar da forte oposição de Londres. O assunto vai dominar a agenda dos chefes de Estado e governo da União Europeia durante dois dias de trabalho.

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia deverão nomear Jean-Claude Juncker para suceder a Durão Barroso na presidência da Comissão Europeia.
Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia deverão nomear Jean-Claude Juncker para suceder a Durão Barroso na presidência da Comissão Europeia. REUTERS/Eric Vidal
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Juncker é o candidato do Partido Popular Europeu, que venceu as eleições europeias, e segundo o Tratado de Lisboa, essa vitória deve ser levada em consideração na Cúpula Europeia na hora de indicar um candidato à presidênciada Comissão Europeia. A opção pelo conservador é também uma escolha da chanceler alemã Angela Merkel, que ainda conta com o apoio de outros nove governos social-democratas do bloco e do Partido Socialista Europeu.

A Cúpula Europeia começa com uma cerimônia para marcar o centenário da Primeira Guerra Mundial, na cidade belga de Ypres. Amanhã, os líderes abrem a agenda de trabalho com a assinatura do histórico acordo de associação com a Ucrânia, Geórgia e Moldávia.

O ex-primeiro-ministro luxemburguês, que foi presidente do Eurogrupo, é um árduo defensor da integração europeia e terá pela frente o desafio de ajudar a impulsionar a economia e diminuir o desemprego no continente. É preciso uma maioria forte para indicar um presidente da Comissão Europeia, portanto a indicação de Juncker deve ser apoiada por mais de dois terços dos países integrantes da UE, o que representa 65% da população do bloco.

Oposição britânica

A Grã-Bretanha, entretanto, considera Juncker ultrapassado para conduzir as reformas necessárias na União Europeia. Com a resistência do premiê britânico, David Cameron, e outros países, existiria uma possibilidade de que essa maioria qualificada não se concretize, embora essa hipótese seja remota. A Hungria é o único país que parece continuar ao lado de Cameron. A Suécia e a Holanda, que até então eram céticos em relação a Juncker, já foram convencidos a apoiar o ex-premiê luxemburguês.

David Cameron está mais isolado do nunca. Porém, há rumores de que a Grã-Bretanha ganhe uma vice-presidência do executivo europeu, com poderes importantes, em troca de ceder à nomeação do candidato conservador. Caso seja reeleito nas eleições legislativas do próximo ano, Cameron prometeu realizar um referendo sobre a União Europeia até 2017. Uma pesquisa recente mostrou que a maioria dos britânicos quer a saída do país do bloco europeu.

Depois de confirmada a indicação de Jean-Claude Juncker, o nome do político luxemburguês terá que ser submetido ao Parlamento Europeu. Para ser nomeado, Juncker precisa receber uma maioria de votos, que parece garantida, graças ao apoio dos dois maiores grupos políticos da casa: o Partido Popular Europeu e Partido Socialista Europeu.

Em julho, já com a Itália no comando da presidência rotativa do bloco, os líderes europeus provavelmente voltam a se reunir para negociar e decidir os nomes dos futuros comissários, do presidente do Conselho Europeu e do chefe da diplomacia europeia.

Ucrânia

Durante a cúpula até amanhã, o plano de paz proposto pelo governo da Ucrânia e novas sanções econômicas contra a Rússia também serão discutidos. O acordo de cooperação com a Ucrânia deve ser finalizado – a recusa do presidente ucraniano deposto Viktor Yanikovich em assinar esse documento foi o que provocou a onda protestos que iniciaram a crise política no país.

Os dirigentes europeus também poderão aprovar mais sanções econômicas contra a Rússia, se Moscou decidir não apoiar o plano de paz proposto pelo atual presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko.

 

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