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Avião/acidente

Sinais sonoros no oceano Índico não eram de voo MH 370, diz oficial

O mistério sobre o Boeing 777 da Malaysia Airlines, desaparecido desde 8 de março, continua. Os investigadores do centro internacional de buscas da Austrália acreditam que o aparelho não caiu no sul do oceano Índico como havia sido cogitado anteriormente.

As buscas submarinas pelo avião MH370 da Malaysia Airlines podem levar dois meses.
As buscas submarinas pelo avião MH370 da Malaysia Airlines podem levar dois meses. REUTERS/Australian Defence Force/Handout via Reuters
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Quase três meses após a queda do avião, com 239 pessoas a bordo, a investigação volta à estaca zero. A operação do robô submarino que rastreou a área onde foram ouvidos sinais que poderiam ser das caixas-pretas não deu em nada. Nenhum destroço do Boeing foi encontrado.

Em declarações à rede de televisão CNN, Mike Dean, diretor adjunto em engenharia oceânica da Marinha dos EUA, afirmou que não havia evidências de que os sinais detectados no oceano Índico tenham sido gerados pela caixa-preta do avião desaparecido. "Nossa teoria mais provável neste momento é que os sinais eram provavelmente sons produzidos por navios ou pelos aparelhos eletrônicos usados para localizar esses mesmos sinais", disse Mike Dean.

Ele argumentou que, se os sinais acústicos pertencessem às caixas-pretas, o robô e os demais aparelhos envolvidos na busca já os teriam encontrado. Dean disse ainda que outros especialistas da equipe partilhavam a sua opinião.

Apesar do ceticismo do diretor adjunto em engenharia oceânica da marinha dos EUA, um porta-voz da Marinha norte-americana insistiu que ainda é cedo para fazer afirmações categóricas sobre as buscas e disse que as declarações de Dean foram “prematuras”.

Buscas submarinas

Os sinais acústicos, conhecidos como "pings", foram localizados ao sul do oceano Índico em abril, um mês depois do misterioso desaparecimento do avião que fazia a rota Kuala Lumpur - Pequim, do voo MH-370 da Malaysia Airlines. Na ocasião, os especialistas afirmaram que os sinais detectados eram “encorajadores” e compatíveis com a frequência emitida por caixas-pretas da aeronave.

O aparelho da Malaysia Airlines desapareceu das telas de controle do radar 40 minutos após a decolagem e mudou de rumo em uma "ação deliberada", segundo as autoridades da Malásia. No sentido oposto ao trajeto inicial, a aeronave teria atravessado a Península de Malaca e caído no oceano Índico.

Essa teoria foi baseada em dados coletados por satélites na região no dia do desaparecimento da aeronave. Depois de uma etapa mal sucedida de buscas por destroços da superfície do oceano, uma fase de buscas submarinas foi lançada. Mas, para além dos sinais sonoros que, aparentemente não pertenciam às caixas-pretas do avião, nenhuma evidência foi encontrada.

Novas pistas

A nova fase de buscas submarinas só deve ser retomada em dois meses. Até lá, as equipes internacionais de busca vão se concentrar em uma nova análise um relatório de 47 páginas que registra as comunicações entre o avião da Malaysia Airlines e a empresa de satélite britânica Inmarsat.

Quanto à hipótese de atentado terrorista, a polícia da Malásia afirmou que a ficha de todos os passageiros está “limpa”.

 

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