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Eleições europeias podem confirmar avanço da extrema-direita

As eleições europeias que acontecem neste domingo (25) são o destaque da imprensa francesa deste sábado e podem confirmar o avanço da extrema-direita no país.

O líder do movimento centrista e populista ANO, Andrej Babis, deposita seu voto na urna em Praga.
O líder do movimento centrista e populista ANO, Andrej Babis, deposita seu voto na urna em Praga. REUTERS/David W Cerny
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O Le Figaro chama atenção para o duelo entre a UMP, partido do ex-presidente Nicolas Sarkozy, e a Frente Nacional, de extrema-direita, tido como favoritos nas eleições para o Parlamento europeu. Segundo o jornal, o presidente socialista François Hollande "pode esperar pelo pior", e o partido Socialista será mero espectador da batalha travada entre as duas legendas .

As pesquisas indicam que o PS terá entre 16% e 18% dos votos em nível nacional. Já a Frente Nacional poderá obter entre 21 e 24% da preferência e a UMP, entre 20 e 23%. O Figaro avalia que a legenda poderá perder o lugar como principal partido de oposição, o que seu presidente, Jean François Copé, nega. Para ele, trata-se de uma "ilusão de ótica", e de uma "vitória midiática do FN."

No total, as legendas populistas e eurocéticas deverão ocupar de 20 a 25% das cadeiras. Mas o desafio será constituir um grupo de influência (25 deputados de 7 países). Uma tarefa mais complexa do que parece, já que a rejeição da Europa e do euro são os únicos pontos comuns entre os neonazistas gregos da Aurora Dourada e o Ukip britânico. A tendência é que eles fiquem isolados.

Mais de 388 milhões de eleitores devem ir às urnas para eleger 751 deputados europeus. Os franceses poderão escolher 74 representantes para o Parlamento, mas o pleito, acreditam especialistas, será marcado por uma forte taxa de abstenção.

O jornal Le Parisien dedicou uma página da edição de sábado para explicar, de maneira didática, o funcionamento das instituições europeias e das eleições. O jornal lembra, por exemplo, que um eurodeputado ganha 6200 € euros por mês e tem 4300 € de ajuda de custos. Outros detalhes, como a ausência de um segundo turno, também integram a reportagem do Le Parisien.

O “Libération” também dedicou sua capa às eleições europeias. Para o jornal, apesar da expectativa de um alta taxa de abstenção, os franceses vão às urnas motivados por várias questões : entre elas, impedir o crescimento da extrema-direita, trazer à tona os desacordos internos da UMP e "dar uma lição no PS", acusado de não tirar a França do marasmo econômico no qual o país está mergulhado desde 2008.
 

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