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Saúde em dia

Problemas de saúde causados pelo estresse custam 240 bi de euros por ano à Europa

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O estresse no trabalho é uma das principais causas de problemas de saúde entre os trabalhadores em todo o mundo. Doenças cardiovasculares, lesões músculo-esqueléticas são males já bastante conhecidos. Mas os problemas de saúde mental originados no ambiente de trabalho são uma realidade crescente. Justamente contra esses riscos psicossociais, a União Europeia lançou uma campanha nesta semana para alertar e ajudar trabalhadores e empresas.

Estresse no ambiente de trabalho pode provocar doenças graves.
Estresse no ambiente de trabalho pode provocar doenças graves.
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Batizada de "Locais de trabalho seguros e saudáveis", o programa vai durar dois anos. Ao longo desse período, a Agência Europeia para Segurança e a Saúde vai promover seminários, palestras e também coloca à disposição no seu site (osha.europa.eu) diversas ferramentas. As empresas com melhores resultados serão premiados no ano que vem.

Entre o custo dos tratamentos e as licenças médicas, as doenças provocadas pelo estresse no trabalho custam 240 bilhões de euros por ano aos cofres europeus. “Lidar com os riscos psicossociais profissionais vai gerar ganhos de produtividade para as empresas e vai fazer com que a sociedade europeia arque com um custo menor, pois esses problemas custam muito caro”, avaliou Bruno Thiébaud, responsável de comunicação da Agência Europeia para Segurança e a Saúde no Trabalho.

Estresse pode levar à depressão

O estudo preparado pela agência aponta os principais danos para a saúde que o estresse no local de trabalho pode provocar. “Os problemas podem começar com a dificuldade de concentração, aumento dos erros cometidos. Depois, vemos um cansaço extremo e a depressão. Essas pessoas também podem passar a ter problemas em casa e podem ser levadas ao consumo excessivo de remédios, de álcool e até de drogas. Tudo isso vai resultar em um mau estado de saúde física que poderá levar a consequências trágicas”, destacou.

Na União Europeia, pelo menos 28% dos empregados no ano passado tiveram um impacto, na saúde, dos problemas psicológicos gerados no trabalho. Mas a conscientização sobre os desdobramentos do estresse ainda é tímida. “Primeiramente, porque os casos são não comunicados pelos próprios empregados que sofrem com esses problemas psicossociais por medo das consequências que isso pode ter para seu futuro profissional. E, em segundo lugar, porque os empregadores pensam que não podem administrar esse problema da mesma forma que outros riscos”, diz Thiébaud.

A pesquisa revela concluiu que mais de metade dos trabalhadores considerava o estresse como “uma situação comum no local de trabalho”, mas menos de 30% das empresas admitiram ter implementado procedimentos para lidar com os riscos psicossociais.

Fatores de risco

Em um continente assombrado pelo fantasma do desemprego, o medo de ir para rua aparece como uma das maiores fontes de estresse. Mas as condições no local de trabalho também podem desencadear problemas psicológicos. “A sobrecarga de trabalho ou a falta de tempo para cumprir as tarefas são fontes de estresse bem como exigências contraditórias do chefe”, ressaltou o responsável europeu.

Para tentar evitar o crescimento desses problemas e prevenir novos casos, a União Europeia tem objetivos claros com essa campanha. Para combater os riscos psicossociais, primeiro temos que informar, de maneira muito clara, que esses riscos podem e devem ser avaliados e administrados do mesmo modo que outros riscos como barulho e produtos tóxicos”. O conselho da instituição aos empregados que sofrem com o estresse é romper o silêncio e o medo e falar sobre o assunto, primeiramente, na sua empresa.

Brasil

Apesar de não pertencer à União Europeia, o Brasil tem se interessado por usar as ferramentas e conselhos que já estavam disponíveis no site da agência antes mesmo do lançamento edsta campanha. No ano passado, os internautas brasileiros ficaram no 9° lugar entre os países que mais visitam o site.

 

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