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Carros a diesel são os maiores vilões da poluição em Paris

Os jornais de hoje analisam a adoção do rodízio de veículos, nesta segunda-feira (17), na região metropolitana de Paris para combater um pico de poluição. A medida funcionou e foi suspensa à meia-noite pelas autoridades. Desta vez, um dia de rodízio com placas alternadas foi suficiente para reduzir os congestionamentos e a poluição, mas a imprensa prevê outros incidentes desse tipo no futuro.

O rodízio decretado para diminuir a poluição em Paris durou um único dia. 17 de março de 2014
O rodízio decretado para diminuir a poluição em Paris durou um único dia. 17 de março de 2014 REUTERS/Charles Platiau
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O diário econômico Les Echos diz em manchete que a poluição em Paris relança o questionamento sobre o diesel, combustível utilizado em larga escala na frota francesa. Dos 19 milhões de carros que circulam a diesel no país, apenas 23% possuem filtros antipoluição, ou seja 4,5 milhões de veículos.

Nos centros urbanos, escreve o diário, o diesel é o maior vilão da poluição, lançando partículas no ar que ficam em suspensão e causam danos à saúde, principalmente em idosos e crianças. O Les Echos salienta que os gases emitidos pelos motores a diesel não são os únicos responsáveis pela poluição, mas contribuem bastante.

Tema eleitoral

O Le Figaro abordou a questão do rodízio pelo ângulo político. A França terá o primeiro turno das eleições municipais no próximo domingo, e o jornal chama a atenção para a crise que o rodízio provocou entre o Partido Socialista e os ecologistas, que formam a coalizão de apoio ao governo do presidente François Hollande.

A candidata socialista à prefeitura de Paris, Anne Hidalgo, acusou o Partido Europa, Ecologia e Verdes (EELV) de ter votado no ano passado a compra de 320 ônibus a diesel para a empresa de transportes de Paris. A acusação pegou muito mal, porque o presidente da região Ile-de-France, ao qual o transporte público está subordinado, é do próprio Partido Socialista. Os verdes afirmam ter aprovado a medida em uma comissão quando 60% da encomenda já tinha sido paga e não havia mais jeito de voltar atrás. 

Esse racha no governo, segundo o Le Figaro, diverte o partido conservador UMP, que também concorre à prefeitura de Paris com a ex-ministra do Meio Ambiente Nathalie Kosciusko-Morizet.

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