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Aviação/Acidente

Malásia investiga hipótese de terrorismo no desaparecimento de avião

As autoridades da Malásia abriram neste domingo (9) uma investigação sobre ato de terrorismo para explicar o desaparecimento no sábado de um Boeing 777 da Malaysia Airlines com 239 pessoas a bordo. A aeronave deveria fazer a rota entre Kuala Lumpur e Pequim, mas desapareceu dos radares uma hora após a decolagem. As famílias dos passageiros reclamam da falta de informação.  

Familiares dos passageiros do voo  MH370 da Malaysia Airlines em hotel em Putrajaya na Malásia.
Familiares dos passageiros do voo MH370 da Malaysia Airlines em hotel em Putrajaya na Malásia. Reuters
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Mais de 30 horas após o desaparecimento do Boeing 777 da Malaysia Airlines, as autoridades da Malásia trabalham com todas as hipóteses para explicar o desaparecimento do avião. Neste domingo, o ministro dos transportes malaio, Hishammuddin Hussein, informou que os serviços de inteligência e as agências de combate ao terrorismo dos países de origem dos passageiros do voo estão cooperando. Os Estados Unidos, por exemplo, enviaram uma equipe do FBI e da Agência Americana de Segurança dos Transportes.

Até o momento, ainda não há nenhuma prova concreta de atividade terrorista, enfatizou o ministro. Na lista de passageiros, porém, as primeiras investigações encontraram duas pessoas que utilizaram passaportes europeus falsos para embarcar. A maioria dos passageiros do voo MH370 da Malaysia Airlines em conjunto com China Southern Airlines, eram chineses. Mas, de acordo com a companhia aérea, estariam a bordo pessoas de 14 nacionalidades.

Outra pista investigada pela polícia é a rota do avião. «Existe uma possibilidade real de o avião ter dado meia-volta », afirmou o general Rodzali Daud, chefe da aeronáutica da Malásia. Ele disse que essa hipótese é baseada no mapeamento dos radares.

O avião desapareceu uma hora após a decolagem da capital da Malásia. Sua última localização conhecida se situa numa região entre o leste da Malásia e o sul do Vietnã. As autoridades também divulgaram que o voo não enfrentou condições climáticas adversas nem emitiu nenhum sinal de alerta ou pedido de socorro. O presidente da Malaysia Airlines, Ahmad Jauhari Yahya, informou ainda que qualquer alteração na rota ativaria os sistemas de alarme do Boeing.

Buscas

No total, cerca de 40 navios e equipes de diversos países –incluindo a China, os EUA, o Vietnã, a Malásia e Filipinas – participam da operação de busca da aenonave. O perímetro da área onde estão a ser realizadas as buscas foi expandido, mas ainda não foram encontrados vestígios. Dois navios chegaram ao local no mar da China onde foram identificados traços de combustível, mas destroços da aeronave não foram localizados. A Malaysia Airlines, porém, disse temer pelo « pior ».

Hospedadas em um hotel em Pequim, as famílias dos passageiros se queixam da falta de informações. Vinda de Xangai ainda no sábado, Mme Nan, cujo cunhado estava a bordo do voo, chorou diante de um grupo de jornalistas. “A empresa não entrou em cotato conosco. Foi um amigo que nos informou [sobre o desaparecimento]. Estou muito preocupada e não tenho nenhuma informação”.

 

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