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Violências/Tailândia

Justiça da Tailândia proíbe governo de usar força contra opositores

A Justiça tailandesa proibiu, na manhã desta quarta-feira (19), que o governo da premiê Yingluck Shinawatra utilize a força contra os manifestantes pacíficos. A decisão é anunciada um dia após violentos confrontos entre as forças de segurança e a oposição que deixaram 5 mortos e mais de 60 feridos.

Manifestantes tailandeses fazem protesto em Bancoc, nesta quarta-feira (19), diante do ministério da Defesa.
Manifestantes tailandeses fazem protesto em Bancoc, nesta quarta-feira (19), diante do ministério da Defesa. REUTERS/Athit Perawongmetha
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A decisão do Tribunal civil de Bancoc pode complicar ainda mais a situação do governo de Shinawatra. Há três meses, a premiê enfrenta protestos de massa que ocupam a sede de seu governo e outros prédios públicos. A oposição segue inflexível exigindo a renúncia do atual governo.

Nesta quarta-feira, milhares de manifestantes se dirigiram à região norte de Bancoc e bloquearam a área em torno do ministério da Defesa. Impedida de exercer suas funções na sede do governo nas últimas semanas, a equipe de Shinawatra vinha utilizando os prédios deste complexo para trabalhar.

No momento da invasão do ministério da Defesa, a premiê não estava no local. Os ânimos se acalmaram depois de discussões entre o líder da oposição, Suthep Thaugsuban, e autoridades militares.

Thaugsuban, no entanto, segue categórico quanto à renúncia da premiê. “Se Yingluck Shinawatra voltar a trabalhar aqui, vamos bloquear o prédio todos os dias. Nós a perseguiremos até ela não aguentar mais”, declarou.

Violentos confrontos

O governo conseguiu retomar o controle do ministério da Energia e de outro prédio do complexo governamental ontem. Mas os violentos combates entre manifestantes e as forças de ordem resultaram na morte de 5 pessoas, entre eles um policial, que foi baleado, e mais de 60 feridos. Nenhuma intervenção policial está prevista hoje, de acordo com o Conselho de Segurança nacional.

Oposição exige renúncia

Os manifestantes exigem a renúncia de Yingluck Shinawatra, que acusam de ser controlada por seu irmão, Thaksin Shinawatra, deposto por um golpe de Estado em 2006 e exilado em Dubai. A oposição pretende substituir o atual governo por um “conselho do povo”, sem eleições, formado por tecnocratas, sem eleição.

Na tentativa de resolver a crise, a premiê realizou eleições legislativas antecipadas no último dia 2 de fevereiro, mas que não serviram para acalmar os ânimos. Nenhum resultado foi anunciado desde então, o que descredibilizou a administração Shinawatra e a tornou ainda mais vulnerável, segundo especialistas.
 

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