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Catar/Copa 2022

Europeus analisam se Catar melhorou condições de operários da Copa

Na manhã desta quinta-feira, em Bruxelas, a sub-comissão dos Direitos Humanos do Parlamento Europeu, sindicatos e representantes do mundo esportivo, entre eles, um membro do comitê executivo da Fifa, fazem uma audiência sobre as condições de trabalho dos operários do Catar, anfitrião da Copa do Mundo de 2022.  

Operário dorme no chão em obra de estádio no Catar para o Mundial 2022.
Operário dorme no chão em obra de estádio no Catar para o Mundial 2022. Reuters
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Não é de hoje que o Catar está na mira de diversas instituições, depois da morte de dezenas de imigrantes asiáticos nas obras de construção dos estádios para o Mundial.

Em outubro de 2013, uma delegação sindical internacional considerou a situação dos trabalhadores estrangeiros  "inaceitável".

Em novembro, a ONG Anistia Internacional denunciou a exploração dos operários que imigraram para o rico emirado, dando exemplos de asiáticos que estavam sendo tratados "como animais", segundo a ONG. Calcula-se que 90% dos estrangeiros nas obras são originários do Nepal.

Neste mesmo mês, osdeputados do Parlamento Europeu adotaram uma resolução em que se diziam "preocupados" com o modo de trabalho e de vida dos operários, e também por um provável aumento da mortalidade nos canteiros de obras do Mundial. Na ocasião, marcaram a data de 13 de fevereiro deste ano para um balanço da situação.

A partir das denúncias de trabalho escravo e da morte de mais de 40 nepaleses no verão passado, a OIT - Organização Internacional do Trabalho - começou a acompanhar todo o processo de contratação, alojamento e tarefas do pessoal.

No final do mês de janeiro passado, a Fifa - Federação Internacional de Futebol - exigiu que o emirado apresentasse até esta quarta-feira (12), as medidas concretas que foram tomadas para melhorar as condições de trabalho dos imigrantes.

Catar anuncia medidas de proteção

Na data determinada pela Fifa, o Catar declarou ter tomado uma série de iniciativas para proteger os milhares de estrangeiros empregados nas obras e convidou os representantes da OIT a verificar a aplicação da nova legislação.

O comitê organizador divulgou algumas das medidas: os salários devem ser depositados em contas bancárias através de um sistema que permita verificar se o dinheiro foi entregue ao empregado e se o pagamento foi feito na data correta.

Normas para o alojamento dos trabalhadores também foram determinadas, com um número limitado de camas por quarto e medidas básicas de higiene.

 

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