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Reportagem

Brasil e França registram mês de janeiro mais quente da história

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No Brasil, é verão. Na França, é inverno. Em comum, porém, os dois países viveram o mês de janeiro mais quente da história. Fenômenos climáticos regionais explicam as altas temperaturas, dizem especialistas que ainda se mostram reticentes em atribuírem o calor excepcional ao aquecimento global.

Homem corre em calçadão da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. O mês passado  foi o janeiro mais quente da história.
Homem corre em calçadão da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. O mês passado foi o janeiro mais quente da história. REUTERS/Ricardo Moraes
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Chuvas, inundações e temperaturas amenas, em pleno mês de janeiro, na parte ocidental da Europa. A França, por exemplo, teve, no mês passado temperaturas 2,7 graus acima da média auferida entre 1990 e 2000. Além do frio pouco intenso, o inverno francês também é marcado por tempestades. Nesta quinta-feira, 7 departamentos do norte da França estão em alerta laranja.

David Salas y Meliá, climatólogo da Metéo France, instituto francês de previsões climáticas, explica que as temperaturas mais altas, as chuvas e as tempestade são faces da mesma moeda.“Estamos vivendo um inverno brando simplesmente porque temos uma circulação atmosférica, no oeste da Europa, especialmente na França, no setor sudoeste. São massas suaves de ar oceânico que cruzam toda a França. Tivemos o janeiro desde 1900. Janeiro de 2014 registrou temperaturas 2,7 graus acima da média. Essas temperaturas só foram vistas em janeiro de 1988 e 1936, que faz esse mês de janeiro realmente excepcional.”

Brasil

Também no Brasil, os termômetros em janeiro subiram acima do normal. Marcelo Scheneider, especialista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) afirma que ainda é prematuro associar os altas temperaturas ao fenômeno de aquecimento global, mas explica que o clima nos dois lados do Atlântico estão interligados.

“Há certa ligação entre esses extremos que acontecem em diversos pontos do planeta. Em meteorologia, chamamos isso de interconexão. Uma mudança da temperatura no oceano ou em determinada região, quando ela é muito expressiva, acarreta modificações em outras partes do globo”, avaliou.

A professora de inglês carioca Lilian Batalha, relata que, por causa das altas temperaturas, teve que mudar seus hábitos. Mesmo acostumada a outros verões quentes, ela afirma, com humor, que o calor desse verão está acima do normal. “Está desesperador. (...) Muito quente mesmo. Para ficar quente, teria até que esfriar um pouco”, relata com humor.

Ouça a reportagem completa clicando acima em “ouvir”.

 

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