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Violências/Ucrânia

Confrontos entre polícia e manifestantes deixam 5 mortos na Ucrânia

Confrontos entre manifestantes e policiais no centro da capital Kiev deixaram ao menos 5 mortos e 300 feridos nesta quarta-feira (22) - o quarto dia de enfrentamentos entre militantes da oposição e as forças de segurança do governo ucraniano. Logo após o anúncio das mortes, a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, fez um apelo para um “fim imediato” das violências no país.

Manifestantes ucranianos se confrontam com a polícia, no centro de Kiev, em 22 de janeiro de 2014
Manifestantes ucranianos se confrontam com a polícia, no centro de Kiev, em 22 de janeiro de 2014 REUTERS/Gleb Garanich
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Os manifestantes ameaçaram passar para a ofensiva na quinta, caso o presidente Viktor Ianoukovitch não faça concenssões, declarou um líder da oposição, Vitali Klitschko. Ele acrescentou que a crise poderia acabar sem violência, se o líder ucraniano convocasse eleições antecipadas.

Na madrugada de terça para quarta, as forças de ordem lançaram uma ofensiva para liberar o centro da capital dos que defendem a aproximação do país com a União Europeia. A polícia também deteve dezenas de militantes, amparada na lei que endureceu as penas contra as manifestações. De um lado, as forças oficiais usaram gás lacrimogênio e balas de borracha, enquanto os manifestantes atiravam pedras e coquetéis Molotov.

Dois homens mortos são vítimas da ofensiva dos policiais nesta manhã. De acordo com os integrantes do serviço médico da oposição, ambos teriam sido atingidos por tiros. O ministério do Interior ucraniano, no entanto, ainda não apontou oficialmente quem seriam os autores dos disparos.

A oposição também responsabiliza o governo pela morte de um militante ontem, dois dias depois de uma queda de mais de dez metros de altura na entrada do estádio Dínamo, no centro de Kiev.  Ele teria caído quando a polícia invadiu o local, durante confrontos com os manifestantes.

Desde domingo, quando 200 mil pessoas foram às ruas protestar contra as medidas repressivas do governo do presidente Viktor Yanukovitch, a situação é tensa em Kiev. Nesta quarta-feira, centenas de manifestantes ocupam as principais ruas  da capital e lançam coquetéis molotov contra os policiais, que respondem com granadas e balas de borracha.

UE critica repressão de Yanukovitch

A União Europeia fez um apelo nesta manhã pelo “fim imediato” dos confrontos no país. Através de comunicado, a chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, condenou a escalada da violência e a repressão instaurada pela administração Yanukovitch.

“Os direitos dos cidadãos ucranianos às manifestações, à liberdade de expressão e da imprensa devem ser plenamente respeitados”, declarou. Ashton acredita que o governo e a oposição devem realizar um diálogo urgente e de “alto nível” para a resolução da crise no país.

Diálogos com a oposição

O presidente ucraniano anunciou nesta quarta que aceita encontrar os três principais líderes da oposição para discutir sobre uma saída para a grave crise instaurada no país. A informação foi divulgada pelo opositor e ex-ministro da Economia, Arseni Iatseniouk, através de sua conta no Twitter.

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