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Fato em Foco

Ser fotógrafo paparazzo pode pagar bem, mas exige dedicação

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O paparazzo Sébastien Valiéla virou celebridade na França na última semana. Ele foi o autor das imagens que flagraram o presidente francês, François Hollande, em plena escapada noturna para se encontrar com a amante atriz num apartamento emprestado perto do palácio do Eliseu. Há quase 20 anos, em 1994, Valiéla foi o responsável por um clique que constrangeu um outro presidente socialista, François Mitterrand, quando ele saía de um restaurante com a filha Mazarine Pingeot, fruto de uma relação extraconjugal.

Imagem do site da revista "Closer" 10/01/2014
Imagem do site da revista "Closer" 10/01/2014 closermag.fr
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A palavra paparazzo foi popularizada pelo filme “A Doce Vida” (1960), de Federico Fellini. Era o nome de um fotógrafo que acompanhava o jornalista vivido por Marcello Mastroianni. Segundo fontes, a ideia pode ter vindo de uma palavra usada em um dialeto italiano para um mosquito zumbindo, rodeando, ou para lembrar o barulho do diafragma de uma câmera.

Angelina Jolie

A brasileira Soraya Ursine é fotógrafa e mora na França. Durante dez anos ela cobriu o Festival de Cinema de Cannes. Ela conta que o ritmo durante esse tipo de evento é frenético, com poucas horas de descanso. Além de fotografar os artistas chegando às sessões e durante entrevistas, ela também buscava flagrantes. Em 2010, andando pelas ruas de Cannes, ela notou um fotógrafo e um cameraman postados do outro lado de uma loja de roupas de bebê.

Soraya percebeu que poderia ser por causa de Angelina Jolie, que tem uma casa na Riviera Francesa. Insultada pelo fotógrafo, ela atravessou a rua e começou a fazer fotos colada na vitrine da loja. Isso acabou atraindo uma multidão que fez a mesma coisa e a fotógrafa perdeu a exclusividade, que ela calcula poderia ter lhe rendido cerca de 50 mil euros.

Flagrante encomendado

O fotógrafo Elias Dácio também já fez muitas fotos de personalidades em Paris. Entre os que não gostam de paparazzi, ele cita o ator norte-americano Leonardo di Capprio ou a atriz francesa Marillon Cotillard, que ganhou o Oscar por ter vivido Edith Piaf nas telas. Dácio conta ainda sobre as fotos “encomendadas”, no estilo de “soft paparazzo”, ou seja, que parecem flagrantes, mas fazem parte do marketing pessoal do artista.

Um caso mais trágico envolvendo celebridades e paparazzi foi a morte da princesa Diana, em Paris, em 1997, perseguida de carro por fotógrafos. Na fuga, o veículo em que estava bateu na pilastra de um túnel e ela não resistiu aos ferimentos. No Brasil, um caso que deu o que falar foi o de Daniela Cicarelli, ex-mulher de Ronaldo e apresentadora da MTV, que foi filmada em 2006 fazendo sexo com o namorado nas águas de uma praia espanhola. O vídeo foi parar no Youtube e o site chegou a ser judicialmente bloqueado por alguns dias.

Exposição

Coincidentemente, a partir do dia 26 de fevereiro, o Centro Pompidou, de Metz, inaugura “Paparazzi”, exposição pluridisciplinar dedicada ao fenômeno e à estética desse tipo de fotografia.

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