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Egito/Atentado

Atentado deixa 14 mortos e uma centena de feridos no Egito

Um violento atentado na madrugada desta terça-feira, 24 de dezembro de 2013, resultou na morte de 14 pessoas e deixou uma centena de feridos na cidade de Mansoura, no norte do Egito. A polícia ainda investiga o incidente, mas o governo egípcio já responsabilizou a confraria islâmica Irmandade Muçulmana pelo ataque.

Escombros da violenta explosão de um carro-bomba no complexo policial na cidade de Mansoura, no norte do Egito.
Escombros da violenta explosão de um carro-bomba no complexo policial na cidade de Mansoura, no norte do Egito. REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
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Um carro-bomba explodiu próximo a um complexo policial de Mansoura, destruindo dois prédios e incendiando vários veículos. De acordo com testemunhas, o impacto foi sentido em um perímetro de 20 quilômetros.

A maioria das vítimas são policiais que trabalhavam no local, entre eles um importante general, Sami el-Mihi, chefe da segurança da região. As autoridades investigam se o ataque foi obra de um kamikaze.

Desde a destituição do presidente islâmico Mohamed Mursi, em julho, grupos jihadistas vêm perpetrando ataques contra as forças de segurança do atual governo que já mataram uma centena de policiais e soldados.

O governo egípcio responsabilizou a confraria Irmandade Muçulmana pelo atentado de hoje e a colocou na lista das organizações terroristas do país. O movimento islâmico, no entanto, negou estar por trás do ataque e prestou condolências aos familiares das vítimas.

Forte repressão

O incidente acontece em um forte momento de repressão do governo egípcio contra os partidários de Mursi. Cerca de 1,5 mil egípcios – a maioria deles defensores do antigo governo islâmico – morreram nos protestos contra o atual regime militar.

Quase toda a direção da Irmandade Muçulmana se encontra atualmente atrás das grades e é alvo de processos judiciais, em particular pela morte de manifestantes contrários ao ex-governo islâmico. No início de dezembro, a organização Human Rights Watch acusou o exército de ser responsável pelo "desaparecimento forçado" de cinco integrantes do círculo de confiança de Mursi, detidos em local secreto desde sua deposição.

Ontem, a Irmandade Muçulmana anunciou que mais de 450 de seus integrantes detidos começaram uma greve de fome para denunciar os maus tratamentos na prisão.
 

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