Reforma de constituição herdada de Pinochet é maior desafio de Bachelet
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Michelle Bachelet volta ao poder no Chile triunfante. Ela obteve 62,2% dos votos contra 37,8% da candidata oficialista, Evelyn Matthei no segundo turno, ou seja, com mais de 24 pontos de diferença. A reforma da constituição de 1981, criada pelo ditador Augusto Pinochet, considerada ilegítima, autoritária e neoliberal é um dos grandes desafios de Bachelet neste novo mandato. “Uma missão praticamente impossível”, diz o correspondente da RFI, Marcio Resende, de Buenos Aires.
Para realizar uma reforma, ela vai precisar convencer os legisladores da direita, que se sentem muito confortáveis com a atual Constituição. Há uma discussão interna no Chile sobre o que Bachelet quer dizer com reforma constitucional, uma promessa eleitoral, porque uma Nova Constituição requer uma Assembleia Constituinte, lembra o correspondente. Bachelet foi sempre ambígua sobre o assunto, sem dizer claramente se convocaria uma Assembleia Constituinte.
A fim de reescrever a Constituição herdada de Pinochet, a saída poderia ser um plebiscito, explica o correspondente. A atual Constituição prevê a possibilidade de um plebiscito quando o presidente discordar da posição do Parlamento.
Desigualdade social
Outro desafio é a desigualdade social que permanece, apesar de o Chile ser um dos países que mais cresce economicamente na região. Para combater o problema, Michelle Bachelet prometeu um audacioso programa de reformas.
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