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Brasil é parceiro indispensável para a França, diz Les Echos

A crise na Ucrânia, três semanas após o início dos protestos pró-europeus, é o principal destaque dos jornais franceses desta quinta-feira, 12 de dezembro de 2013. A imprensa de hoje também começa a analisar a visita de Estado do presidente François Hollande ao Brasil.

Artigo do jornal Les Echos desta quinta-feira, 12 de dezembro
Artigo do jornal Les Echos desta quinta-feira, 12 de dezembro lesechos.fr
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O Les Echos afirma que o presidente François Hollande desembarca em Brasília determinado a dar um novo impulso na parceria estratégica com o Brasil, uma parceria que perdeu fôlego nos últimos anos. O jornal entrevistou o ex-ministro e embaixador Rubens Ricupero. Na entrevista, o presidente do Instituto Fernand Braudel em São Paulo lembra que existia uma verdadeira cumplicidade entre os ex-presidentes Lula e Sarkozy. Segundo Ricupero, o movimento de reaproximação entre os dois países não evoluiu muito ultimamente.

O Brasil não é mais uma locomotiva de crescimento, o ‘boom’ do consumo passou e os investimentos não ocuparam o terreno, mas o gigante latino-americano continua sendo um parceiro comercial indispensável para a França avalia o Les Echos. Hollande deve voltar a discutir a venda dos caças Rafale ao Brasil e negociar outros acordos para incrementar as trocas comerciais bilaterais. Atualmente o comércio entre os dois países representa 8,9 bilhões de euros. Esse volume pode dobrar nos próximos 10 anos.

O jornal econômico também entrevistou o cientista político Stéphane Monclaire sobre o impacto das grandes manifestações de junho no país. Monclaire explica aos leitores do Les Echos que a presidente Dilma Rousseff recuperou a popularidade que tinha antes dos protestos e que deve vencer as eleições presidenciais do ano que vem.

Protestos na Ucrânia

A queda de braço entre o governo e manifestantes pró-europeus continua na capital ucraniana, escreve o L'Humanité.O jornal informa que após a tentativa fracassada da polícia, ontem, para retirar os opositores da Praça da Independência, o número de manifestantes no local aumentou e eles estão mais determinados do que nunca. Um cientista político ouvido pelo jornal acha quem ninguém sabe como superar essa crise que representa uma derrota tanto para o governo quanto para a oposição. Segundo o especialista, os opositores não têm nenhum projeto concreto, a não ser o pedido de renúncia de Yanukovitch e a realização de novas eleições.

O La Croix diz que a tensão é extrema entre os manifestantes e a policia em Kiev e que ainda não ha sinal para a abertura de negociações no país. O jornal católico lembra que a população ucraniana ficou chocada com a decisão do presidente Yanukovitch de não assinar um acordo de associação com a União Europeia e com a ingerência russa no caso. Para o La Croix, a única saída possível é a defesa da democracia no país. O jornal acha que nenhum dos dois campos pode garantir isso sozinho.

Aproximação com o bloco europeu

Para o Le Figaro, a batalha pela Europa na Ucrânia está se agravando. Libération escreve que o desejo de Europa multiplica os confrontos no país e se pergunta se os manifestantes vão conseguir mudar o rumo do governo de Yanukovitch, que é apoiado pelo presidente russo Vladimir Putin. O jornal analisa que a ex-república soviética está dividida e é um espelho das contradições de ampliação da União Europeia.
 

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