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Espionagem/EUA

Obama não sabia de espionagem em países aliados, diz Washington Post

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não sabia das escutas telefônicas ilegais de líderes mundiais aliados dos Estados Unidos. A afirmação é do jornal Washington Post na edição de hoje. Fontes da Casa Branca afirmam que o programa de monitoramento secreto existe desde 2002.

Barack Obama em foto do dia 24 de outubro de 2013, em Washington.
Barack Obama em foto do dia 24 de outubro de 2013, em Washington. REUTERS/Larry Downing
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O presidente Barack Obama foi pego de surpresa ao ter conhecimento há 3 meses do programa "coleção de chefes de Estado", o codinome da operação de monitoramento secreto de vários líderes mundiais. O Washington Post afirma que as escutas clandestinas começaram em 2002. Ou seja, ainda sob a administração de George Bush.

As fontes anônimas da Casa Branca informaram ainda que Obama sabia que a agência de segurança NSA espionava atividades dos governos do Irã, da China e de países que representam um risco geopolítico. Mas os grampos nos governos da França, da Alemanha, do Brasil e do México não eram do conhecimento do presidente dos Estados Unidos.

Essa informação contradiz o que havia saído na imprensa alemã no final de semana que Obama sabia há pelo menos três anos que a chanceler Angela Merkel e outros chefes de Estado estavam sendo espionados.

Ontem o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, deu declarações sobre essas escutas. Ele afirmou que  os serviços de espionagem norte-americanos “já estão avaliando melhor os prós e os contras" dessas operações e vão priorizar aquelas que representem uma ameaça à segurança do povo americano.

A senadora democrata Dianne Feinstein, líder do Comitê de Inteligência do Senado, disse ontem que o seu grupo não sabia detalhes das operações de espionagem da NSA e disse ser  "totalmente contra" o monitoramento secreto de países aliados.

Parlamentares europeus

Uma delegação de 9 eurodeputados chegou ontem a Washington com a missão de conhecer a dimensão dessa operação de espionagem de líderes europeus. Na agenda, encontro com os diretores do Departamento de Estado, do departamento de segurança interna dos Estados Unidos, com representantes das agências de inteligência e da Casa Branca.

O deputado britânico, Claude Moraes, que chefia o a delegação, disse que os documentos vazados por Edward Snowden revelam que a atuação da NSA na Europa foi "desproporcional" e que precisa ser investigada.

 

 

 

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