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Rendez-vous cultural

Ed Motta conquista Paris em turnê de 'AOR', seu novo trabalho

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Em turnê na Europa, o músico brasileiro esteve em Paris na semana passada, onde realizou quatro shows. Em entrevista exclusiva à RFI, ele fala sobre o novo disco, manias e inspirações.

Ed Motta, em turnês em Paris com o CD AOR, é m especialista em vinhos franceses.
Ed Motta, em turnês em Paris com o CD AOR, é m especialista em vinhos franceses. Taíssa Stivanin/RFI
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Já no começo da entrevista, no bar de um hotel parisiense, Ed Motta quebra o gelo e oferece uma taça de vinho, uma de suas paixões. Por isso, estar em Paris, onde ele encerrou na quarta-feira passada uma turnê de quatro dias no clube de jazz Duc des Lombards, é um prazer duplo.

O primeiro, tocar na Europa e apresentar seu último trabalho, AOR, sigla para “Álbum Oriented Rock”, ou West Coast, estilo que abrange músicas feitas para ser sucesso nas rádios, com refrões que não saiam da cabeça.

Um título que contradiz com o som refinado do músico brasileiro, mas que traduz bem sua personalidade descontraída – além de músico, Ed Motta também poderia estrelar facilmente um daqueles espetáculos ‘One Man Show.’

Mesmo cansado da maratona de shows e de entrevistas, ele mantém o bom humor, que leva inclusive para o palco, tirando risadas da plateia, formada principalmente por estrangeiros, e alguns -poucos- brasileiros.

O outro prazer, esse muito mais hedonista, é o vinho. Ed Motta é um enólogo de mão cheia, e fala de grands crus e milésimes com a mesma empolgação que fala sobre seu último CD, tendo inclusive assinado uma coluna em um grande jornal brasileiro durante dois anos.

"Lacan dizia que o obssessivo e o colecionador é uma anomalia, uma patologia da personalidade. Talvez eu tenha isso desde sempre. O colecionismo e esse olhar de querer levar para casa e guardar no armário aquele evento. Seja uma garrafa de vinho, seja o que for. Quero guardar aquilo comigo. Isso é uma paranoia do colecionador", diz.

Além de vinhos, Ed Motta também foi, durante muito tempo, apaixonado por aquários e peixes. Este aspecto de sua personalidade, claro, acaba tendo uma repercussão direta em sua música e suas composições, já que alimentam suas referências.

"Para minha música, isso aparece mais como ouvinte e espectador da música dos outros, porque coleciono e guardo discos. Assim me sinto dono dos discos e das músicas dos outros por ter essas músicas para mim, pro meu deleite e minha satisfação."

Para ouvir a entrevista completa, clique no ícone "Ouvir."
 

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