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Fato em Foco

Egito é prova de fracasso de islamismo político

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A crise no Egito inicia um novo capítulo essa semana, após as violentas intervenções das forças de segurança para dispersar a resistência dos partidários do presidente deposto Mohamed Mursi, deixando centenas de mortos. Desde a destituição no último 3 de julho de Mursi da Irmandade Muçulmana pelo exército egípcio, manifestações cotidianas pró e contra islamitas tomaram as ruas da capital Cairo e de outras cidades do país.

Na capital Cairo, um cartaz de Mohamed Mursi resiste em zona devastada por conflitos entre manifestantes e forças de segurança.
Na capital Cairo, um cartaz de Mohamed Mursi resiste em zona devastada por conflitos entre manifestantes e forças de segurança. REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
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O projeto de construção de um estado islâmico vem sendo questionado atualmente por movimentos na Turquia, Egito e Tunísia. O islamismo político vive, especialmente no Egito, uma profunda crise, após pouco mais de ano de governo do movimento islâmico fundado em 1928, no país mais populoso do mundo árabe.

Em entrevista à RFI, Samir Amghar, autor dos livros "O salafismo Hoje" e  "Movimentos islamistas das armas às urnas" e também pesquisador do Instituto de Estudos do Islã e das Sociedades do Mundo Muçulmano, acredita que a abertura do campo institucional provocado pelas revoluções árabes, permitiu que um espectro dos movimentos salafistas se investisse na política e que a repressão pode fazer com que eles recuperem seu passado de radicalismo.

"Se a repressão da oposição islamita é retomada, isso não incitaria esses indivíduos a recuperarem sua tradição de radicalização e de uso da violência?", questiona. Para ele, o cenário que serve para compreender essa situação é o da Argélia dos anos 90, alertando para o risco de uma guerra civil no Egito, caso islamitas e governo militar não consigam encontrar uma solução política e pacífica.

Para escutar a matéria completa, clique em “ouvir”.

 

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