Primeiro acordo para fim de testes atômicos completa 50 anos
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Nesta segunda, completam-se 50 anos do Tratado de Moscou de 1963, sobre o fim dos testes atômicos na atmosfera e na água. Assinado por russos, americanos e britânicos, o acordo foi o primeiro do gênero a tentar paralisar a ameaça de uma terceira Guerra Mundial, regida por bombas nucleares, logo após o episódio conhecido como a crise dos mísseis de Cuba, no auge da Guerra Fria.
Relações Internacionais, avalia que neste período, poucos avanços ocorreram em matéria de desarmamento nuclear. E isso por uma simples razão: os tratados existentes partem do princípio desigual de que cinco nações têm o direito de possuir a bomba atômica. Sobre o Acordo de Moscou, Castro Neves destaca que hoje em dia quase não há mais testes nucleares, à exceção da Coreia do Norte, que vem desafiando a comunidade internacional. As grandes potências hoje realizam os experimentos por computador.
Antonio Jorge Ramalho da Rocha, professor de segurança internacional da UNB cedido atualmente ao Ministério da Defesa, lembra que o Brasil sempre adotou uma postura pacifista sobre armamentos nucleares. Mas essa posição é minoritária no mundo. Para ele, somente a adoção de um calendário preciso sobre o desarmamento nuclear poderia trazer verdadeiros avanço na situação - porém ainda estamos distantes deste dia.
O tratado mais importante sobre o assunto, o de Não-Proliferação de Armas Nucleares, foi assinado em 1968. O acordo tem a adesão de 189 países, inclusive o Brasil.
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