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Linha Direta

Ocidente vê com pessimismo posse de novo presidente iraniano

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O novo presidente do Irã, Hassan Rohani, tomou posse neste fim de semana e provocou reações pessimistas dos países ocidentais. Considerado mais moderado que seu antecessor, Mahmoud Ahmadinejad, ele prometeu fazer o possível para aliviar as sanções econômicas internacionais contra o Irã. Mas na última sexta-feira, uma declaração de Rohani que qualificou Israel como uma "ferida" que deveria ser removida do mundo muçulmano, deu origem à primeira polêmica de seu mandato.

O novo presidente iraniano, Hassan Rohani, prestou juramento neste domingo, dia 4 de agosto, diante do Parlamento do país.
O novo presidente iraniano, Hassan Rohani, prestou juramento neste domingo, dia 4 de agosto, diante do Parlamento do país. AFP PHOTO/BEHROUZ MEHRI
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A correspondente da RFI em Israel, Daniela Kresh, conta que, já na última sexta-feira, o governo iraniano voltou atrás e disse que a declaração teria sido mal traduzida pelas agências de informação. De acordo com a nova versão, Rohani não teria pregado a "remoção" de Israel, mas teria apenas se referido à ocupação israelense nos territórios palestinos como "uma ferida".

Para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o novo presidente iraniano mostrou sua verdadeira face antes do que se imaginava. Como conta nossa correspondente, o premiê respondeu que, embora a liderança tenha sido substituída no irã, os objetivos do país continuam os mesmos: "desenvolver capacidades nucleares com o objetivo de destruir o Estado de Israel".

A polêmica levou os países ocidentais a preverem novas dificuldades na negociação sobre os limites do controverso programa nuclear iraniano, além de temerem uma possível ação militar israelense no país. Daniela também relata que o aiatolá Ali Khamenei não demonstrou muito jogo de cintura nas negociações com os Estados Unidos e a Europa, mesmo com os estragos com as sanções contra o Irã vêm causando na economia do país.

Além disso, neste domingo, Khamenei se referiu às negociações com pessimismo, dizendo que alguns dos "inimigos" do país "não falam na língua de sabedoria" iraniana. Ao que parece, diz nossa correspondente, a postura oficial de Teerã sobre o desenvolvimento de energia nuclear continuará inegociável.

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