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Tunísia/Justiça

Militante tunisiana do Fêmen é libertada após 2 meses de prisão

A Justiça tunisiana libertou nesta quinta-feira, dia 1° de agosto, a militante do grupo feminista Femen, Amina Sboui, detida no dia 19 de maio por pichar a palavra “Femen” no muro de um cemitério. Ela deixou a prisão de Sousse, a cerca de 140 quilômetros da capital Túnis, no final desta tarde e deve comparecer em breve em um tribunal do país para o seu julgamento.

A militante tunisiana do Fêmen, Amina Sboui, ao sair da prisão de Sousse, na Tunísia, nesta quinta-feira, dia 1° de agosto.
A militante tunisiana do Fêmen, Amina Sboui, ao sair da prisão de Sousse, na Tunísia, nesta quinta-feira, dia 1° de agosto. REUTERS/Med Amine Benaziza
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A garota está agora em liberdade condicional e enfrentará seu julgamento, que deve acontecer em setembro, de acordo com seu advogado. A jovem, que já havia escandalizado o país ao postar fotos seminuas no Facebook, pode pegar até dois anos de prisão por profanação de sepultura.

Na saída da prisão, a ativista de 18 anos foi abraçada por seus pais, que se disseram aliviados. Durante o tempo em que Amina ficou detida, sua família estava muito preocupada com a degradação de seu estado psicológico. “Estou feliz, eu vou finalmente abraçar minha filha. A justiça mostrou que é independente”, declarou a mãe da militante.

O caso ganhou muita notoriedade no mundo inteiro devido à insistência do governo islamita da Tunísia em punir a garota para dar um exemplo de puritanismo ao país. Mas sua permanência na prisão resultou em um movimento de solidariedade na Tunísia - por parte da oposição ao regime do partido Enahda -, e em todo o mundo, por Ongs e militantes dos direitos humanos. Os oponentes ao governo tunisiano acreditam que houve inadequação entre a gravidade do delito e a detenção da feminista por mais de 2 meses.

“Amina está com sua família. Espero que ela receba segurança máxima”, disse um de seus conselheiros, Ghazi Mrabet. Desde que foi detida, a garota foi ameaçada pelo movimento islamita radical da Tunísia.

Na França, autoridades seguiam o caso de perto e comemoraram a decisão da justiça tunisiana. A porta-voz do governo francês e ministra dos Diretos das Mulheres, Najat Vallaud-Belkacem, ressaltou o “alívio de todos os que lutam pela a liberdade de expressão”.

 

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