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Wikileaks/EUA

Soldado americano é considerado culpado em caso Wikileaks

A Justiça Militar americana considerou culpado, nesta terça-feira, o soldado Bradley Manning em 20 das 22 acusações de violação da lei sobre espionagem dos Estados Unidos. Ele escapou apenas das acusações de ajuda ao inimigo. Começa nesta quarta-feira, dia 31 de julho, o processo que deve estabelecer a pena de Manning, que enviou milhares de documentos secretos do país ao site Wikileaks.

O soldado americano Bradley Manning, ao chegar à base militar de Fort Meade, perto de Washington, nesta terça-feira, dia 30 de julho.
O soldado americano Bradley Manning, ao chegar à base militar de Fort Meade, perto de Washington, nesta terça-feira, dia 30 de julho. REUTERS/Gary Cameron
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Neste que é o maior escândalo de vazamento de informações na história dos Estados Unidos, o soldado de 25 anos, admitiu ter transferido cerca de 700 mil documentos militares e diplomáticos ao site Wikileaks, quando ele exerceu a função de analista de inteligência no Iraque entre 2009 e 2010.

A juíza Denise Lind considerou Manning culpado de várias violações sobre a legislação americana sobre espionagem, de roubo de informações das Forças Armadas dos Estados Unidos e divulgação ilícita de dados diplomáticos e de telegramas secretos sobre os detentos de Guantánamo. Ele também foi reconhecido culpado por desobediência ao regulamento militar e fraude informática.

Pelas 20 acusações, o jovem corre risco de ser condenado a até 136 anos de prisão. O processo que deve estabelecer sua pena começa nesta quarta-feira às 9h30 locais (6h30 pelo horário de Brasília) e pode durar vários dias.

Manning se declarou culpado de dez das 22 acusações. Já seu advogado pediu o relaxamento da decisão, argumentando que o réu é uma pessoa fragilizada por problemas de identidade sexual, e que ele não é um traidor, mas um “jovem, inocente e bem intencionado”, que ficou assustado com o que viu no Iraque.

"Extremismo perigoso"

O Wikileaks reagiu à decisão da Justiça americana em sua conta no Twitter, apontando um “extremismo perigoso” da administração do presidente Barack Obama. Já o fundador do site, Julian Assange, disse que espera que a defesa recorra da decisão. “As revelações de Bradley Manning trouxeram à luz crimes de guerra, iniciaram revoluções e incentivaram reformas democráticas”, declarou o australiano.

 

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