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Eleições/Japão

Coalizão de Shinzo Abe vence eleições para o senado japonês

A coalizão do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, conseguiu a maioria absoluta nas eleições para o senado do país neste domingo. O resultado mostra sua força política, após uma campanha que pôde, pela primeira vez, ser realizada pela internet, e abre caminho para uma estabilidade inédita no país desde 2006, quando deixou o ex-premiê Junichiro Koizumi deixou o poder.

O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe logo após a vitória de sua coalizão nas eleições para o senado do país neste domingo, dia 21 de julho.
O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe logo após a vitória de sua coalizão nas eleições para o senado do país neste domingo, dia 21 de julho. REUTERS/Yuya Shino
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A coalizão formada pelo partido de Shinzo Abe, o Liberal Democrata (PLD, de direita), e o Novo Komeito (centro) obteve a maioria absoluta no senado. Os dois partidos juntos conseguiram 132 cadeiras na alta câmara (63 para o PLD e 73 para o Novo Komeito) sobre os 242 cadeiras em jogo.

Em discurso televisão japonesa, Abe comemorou a vitória agradecendo os eleitores e dizendo que, com o resultado, as decisões acontecerão de forma mais rápida. “A política econômica que nós seguimos é a melhor e nós continuaremos neste caminho porque isso nos traz efeitos positivos sobre a economia real”, declarou.

A principal força de oposição, o Partido Democrata do Japão (PDJ, de centro-esquerda) não conseguiu se mobilizar e vive uma nova derrota após perder as eleições legislativas de dezembro, que colocou fim aos três anos a frente do governo japonês. Um dos motivos é a popularidade do primeiro-ministro japonês. Ele conta com 60% da opiniões favoráveis desde seu retorno ao governo, há sete meses.

Entre os principais desafios de Abe estão o relançamento desta que é a terceira maior economia do mundo, mas que teve muitas despesas com a recuperação pós-Fukushima em 2011.O Banco do Japão foi obrigado a injetar imensos montantes para a reconstrução do país após o tsunami e a catástrofe nuclear.

Um outro importante objetivo a ser cumprido pelo governo do premiê é elevar o potencial de crescimento do país, reestruturando o setor agrícola, e estabilizar o desregulamento e as modificações das regras do mercado de trabalho.

Analistas acreditam que, para esta segunda etapa de seu governo, Abe utilizará sua legimitidade, reforçada com a política de recuperação econômica e apelidada de “Abenomics”, que aumentou a sua popularidade e chamou atenção dos governos internacionais. Em contrapartida, as pautas nacionalistas e o conservadorismo da política de Abe preocupam os especialistas.

Para o professor de Ciências Políticas da Universidade de Niigata, Yoshinobu Yamamoto as eleições deste domingo não passam de “um referendo virtual sobre o Abenomics”.

 

 

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