Esta terça-feira, 4 de junho, marca o aniversário do Massacre da Praça da Paz Celestial, o episódio que há 24 anos escancarou o vigor da repressão chinesa e deixou claro que o Partido Comunista não estava disposto a pensar em reformas políticas. Neste ano, dissidentes pediram que os chineses vestissem preto, mas não houve adesão. Nos 20 anos do aniversário do massacre, em 2009, a ideia era vestir branco, mas também naquele dia, pouca gente aderiu ao protesto silencioso.Até hoje na China o assunto é tabu. O governo não é permite nehum tipo de celebração em memória às vítimas do massacre da Paz Celestial que deixou centenas de mortos entre os dias 3 e 6 de junho de 1989. Como o governo não fala sobre o tema, nunca se soube o número exato das vítimas.Uma das fundadoras do grupo Mães de Tiananmen, Ding Zilin, teve negada a permissão para depositar flores no local onde o filho, Jiang Jielian, morreu, aos 17 anos, na noite de 3 de junho de 1989. Na internet, as referências à data também estão censuradas. O Sina Weibo, o microblog estilo Twitter mais popular por aqui, retirou do sistema um ícone de uma vela acesa, comumente usado em sinal de luto.A correspondente da RFI na China, Janaína Figueiredo, relata o clima no país hoje.
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