O Harlem Shake se transformou em um dos fenômenos virais mais poderosos das redes sociais dos últimos meses. Assim como os flash mob ou o Gangnam Style do coreano Psy, os vídeos “meme” do Harlem Shake postados no site Youtube, viraram febre mundial.
A febre começou em Nova York, em fevereiro, com um vídeo que mostrava três amigos dançando fantasiados e logo se espalhou pelo mundo inteiro, adquirindo novas formas, em novos lugares tão diferentes como salas de aula, escritórios e até mesmo embaixo d'água.
A ideia central dos vídeos é sempre a mesma. Uma pessoa dança usando uma máscara, no meio de um grupo indiferente, ao ritmo do DJ nova-iorquino Baauer. Logo todos começam a dançar juntos de maneira frenética e aleatória. Um vídeo como este é postado a cada meia hora no Youtube no mundo, mas no auge da moda, o número era de um Harlem Shake a cada seis minutos.
Mas a brincadeira, aparentemente inofensiva, também é usada como forma de contestação política. No Egito, jovens organizaram um Harlem Shake diante da sede da Irmandade Muçulmana, no Cairo. Vestidos com as tradicionais djellabas e usando uma máscara de Mickey, eles utilizaram o hit para manifestar contra as restrições às liberdades no país. O sociólogo Massimo di Felice, especialista em redes digitais e net-ativismo, e professor da Universidade de São Paulo, explica que este tipo de manifestação pode ter impactos importantes.
Muitas empresas, times de futebol e até mesmo partidos políticos também entraram na onda do Harlem Shake. Segundo Letícia Borges, especialista em marketing digital e co-autora do livro Social Target, estes virais também são usados pelas marcas para se aproximar de seus consumidores.
Forma de protesto ou pura diversão, o movimento deve ser fugaz como todos os fenômenos virais na internet. Ouça a entrevista com os especialistas no programa Fato em Foco.
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