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Novas formas de terrorismo exigem novas estratégias

Os jornais de hoje dão destaque em primeira página aos atentados terroristas ocorridos nos últimos dias em Londres e nas cidades de Agadez e Arlit, no Níger. Lutar contra o terrorismo significa correr o risco de alimentá-lo, afirma o diário católico La Croix, defendendo outras formas de erradicação do terror que não utilizem armas.

Entrada das instalações da francesa Areva, em Arlit, no Níger.
Entrada das instalações da francesa Areva, em Arlit, no Níger. AFP PHOTO / ISSOUF SANOGO
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Sobre a imagem do britânico com as mãos ensanguentadas que matou um soldado a machadadas "em nome de Alá", anteontem em Londres, o jornal progressista Libération questiona de que maneira as autoridades podem identificar e impedir a ação desses terroristas solitários e imprevisíveis. Em seu editorial, o Libération compara os atentados ocorridos em Toulouse, Boston e Londres, assinalando que esses incidentes revelam uma nova forma de terrorismo, que mistura ódio religioso a histórias pessoais mal resolvidas. O jornal considera que é muito difícil estabelecer uma estratégia abrangente contra esses novos terroristas e a solução é buscar, em cada país, o melhor grau possível de coesão e integração social, sem ceder um milímetro de terreno aos radicais.

O conservador Le Figaro relata que extremistas islâmicos, conhecidos pelo termo de jihadistas por pregarem a guerra santa em nome do Islã, atacaram a França no Níger ao atingir com um carro-bomba uma mina de urânio explorada pela empresa francesa Areva. O jornal lembra que há quase três anos, quatro franceses e três africanos que trabalham para a Areva foram sequestrados na mesma região por grupos islâmicos armados. A mobilização para a libertação dos reféns segue intensa, mas sem resultados. A Areva decidiu reforçar a segurança dos seus empregados, após esse novo ataque no Níger, informa o Le Figaro.

O diário católico La Croix fala do terrorismo como uma arma de destruição "lenta e lancinante". "No Afeganistão, Mali, Paquistão ou Iraque, os atentados suicidas e explosões matam diariamente de maneira aleatória." "Praticado em nome de um Islamismo extremista, esse terrorismo faz dos muçulmanos seu alvo principal, além de ameaçar a coesão das sociedades ocidentais", escreve o La Croix, lembrando que quatro franceses são mantidos como reféns pela Al Qaeda do Magreb Islâmico (Aqmi). Lutar contra o terrorismo significa correr o risco de alimentá-lo, afirma o diário católico, antes de concluir que a erradicação do terror não deve ser promovida apenas com armas.

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