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Governo estuda novo aumento de impostos contradizendo promessa aos franceses

A crise e as medidas de transparência política do governo do presidente François Hollande são os principais temas nas manchetes desta segunda-feira (15). O diário econômico Les Echos informa que o Executivo estuda um novo aumento de impostos, apesar de ter prometido aos franceses que as altas iriam se estabilizar.

REUTERS/Heinz-Peter Bader
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Para 2013 e 2014, segundo o Les Echos, o governo francês espera conseguir uma arrecadação adicional de 4 bilhões de euros. Com isso, a taxa de imposição global deve passar de 44,9 % para 46%, o que equivale a 0,2 % do PIB.

O governo Hollande vai pedir esse esforço suplementar aos contribuintes e empresas para cumprir a promessa de reduzir o déficit público a 3,7 do PIB este ano e a 2,9 em 2014, de acordo com as promessas feitas à União Europeia.

Segundo o jornal, o resultado dessa política vai piorar o consumo no mercado interno, já em queda, e dificultar ainda mais a busca por parte das empresas de uma melhor competitividade, uma vez que elas se encontram sufocadas pelas recentes altas de impostos.  

O governo também elabora medidas de combate à evasão fiscal e de maior transparência nas atividades dos resonsáveis políticos. E a primeira delas entra em vigor hoje, a publicaçéao do patrimônio dos ministros de estado.

Vai ser a grande revelação, diz em manchete o Aujourd'hui en France. O jornal enfatiza que se trata de uma medida inédita no país, que representa "culturalmente uma grande mudança". Isso porque na França a questão do dinheiro ou da fortuna, em alguns casos, sempre foi um tabu na vida pública. Segundo o Aujourd'hui en France, hoje os franceses vão descobrir que os políticos de esquerda também podem ser ricos.

O diário católico La Croix aproveita a ocasião para lançar a dúvida em seus leitores: será a política enriquece? Apesar do escândalo do ex-ministro do Orçamento Jerôme Cahuzac ter deixado a impressão de que os políticos escondem dinheiro em paraísos fiscais, o La Croix afrima que a maior parte dos políticos franceses ganham uma remuneração correta, condizente com as responsabiliaddes que eles exercem.

O La Croix lamenta que os erros de alguns induzam as pessoas a pensar que todos os políticos são malandros, uma ideia que não ajuda em nada o processo democrático e beneficia aqueles que têm um discurso populista.

Le Figaro dedica sua manchete ao casamento homossexual. Na expectativa da votação definitiva do projeto de lei quarta-feira, na Assembleia Nacional, o diário conservador diz que o debate se radicaliza. Milhares de franceses são contra esse projeto, escreve o jornal, alertando que de hoje até quarta-feira as manifestações de repúdio ao casamento gay vão se multiplicar em todo o país.

 

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