Menina de 7 anos é primeira vítima de nova gripe aviária em Pequim
A variação da gripe aviária de cepa H7N9 avançou para a capital chinesa e fez a primeira vítima, uma menina de sete anos. A doença se restringia até então no leste do país, onde matou 11 pessoas entre 49 infectadas. Os pais da criança são avicultores e estão sendo mantidos em quarentena, mas sem indícios de sintomas, informou a agência sanitária de Pequim.
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A menina foi internada na quinta-feira, com febre, dores de garganta e cabeça. Testes foram realizados e confirmaram o vírus H7N9 neste sábado. As autoridades chinesas anunciaram há quase duas semanas que era a primeira vez que a cepa havia sido encontrada em seres humanos.
Especialistas temem que vírus desse tipo estejam se transformando em formas de mais fácil contaminação entre humanos, o que poderia causar uma pandemia. Mas a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta semana que ainda não há provas de transmissão do H7N9 entre humanos.
Autoridades sanitárias na China admitem que não sabem explicar como o vírus está se espalhando, mas há indícios de que o contágio esteja acontecendo entre homens e aves. A FAO, agência da ONU para a Agricultura e Alimentação declarou que o H7N9 mostra “afinidade” com os humanos, enquanto provoca reações fracas ou nenhuma em aves infectadas, tornando a busca pelo foco de transmissão ainda mais difícil.
Pequim, com população de mais de 20 milhões de habitantes, já proibiu o comércio de aves vivas. Mais de 500 aves foram sacrificadas na área onde vive a família da menina infectada, no noroeste de Pequim, mas os testes para o H7N9 foram negativos.
Em 2003, as autoridades chinesas foram acusadas de tentar mascarar a epidemia de SARS (síndrome respiratória aguda grave), que matou cerca de 800 pessoas no mundo. Agora, a China tem sido elogiada pela transparência com que está lidando com o H7N9.
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