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Aids/África do Sul

África do Sul lança tratamento mais barato do mundo contra o HIV

A África do Sul, um dos países com a maior incidência de soropositivos no mundo, lançou hoje um novo programa de distribuição de medicamentos antirretrovirais (ARV) que promete ser o mais barato do planeta ao reduzir o número de medicamentos tomados por dia.

Teste de detecção do HIV.
Teste de detecção do HIV. Aides
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Batizado de “3 em 1”, o programa reduz de 3 para apenas 1 comprimido de  antirretroviral a ser ingerido por dia. “A principal vantagem para nós é que a logística será melhorada e, com isso, vamos poder tratar um paciente por 89 rands (R$ 19,40) por mês. Nunca se viu isso”, afirmou Aaron Motsoaledi, ministro da Saúde sul-africano.

"Antes de 2010, comprávamos os de medicamentos antirretrovirais mais caros do mundo. Agora, temos os mais baratos, o que significa que poderemos aumentar o número de pessoas tratadas”, avaliou o ministro. Segundo os últimos dados disponíveis, a África do Sul tem 6 milhões de pessoas infectadas pelo HIV. Isso representa 11% da população do país.

O novo sistema de medicação será administrado em duas etapas. Primeiramente, serão atendidas as pessoas diagnosticadas recentemente, as mulheres grávidas e as mães que amamentam. Os demais pacientes que já seguem o tratamento convencional -cerca de 2 milhões de pessoas – passarão a adotar a dose única após uma visita médica.

O Conselho Nacional da AIDS da África do Sul elogiou o lançamento da campanha. “Há muitas razões para que as pessoas não respeitem o tratamento. Entre elas, os problemas de dosagem dos remédios e o número excessivo de comprimidos. Isso sem contar os efeitos colaterais”, avaliou Vuyiseka Dubula, um dos responsáveis do conselho. Entre os soropositivos sul-africanos, 70% sofrem de turbeculose.

Segundo o governo, o pograma é uma parceria dos laboratórios Aspen Pharmcare, Cipla Medpro e Mylan . Nos próximos dois anos, o objetivo é atingir 2,5 milhões de pacientes. Para conter o avanço da doença, o país também tem investido em campanhas populares como uma “loteria” para incentivar os testes de detecção do HIV. Nos centros de saúde pública Cidade do Cabo, ocorre o sorteio entre as pessoas presentes para realizar um exame de sangue. Para os cinco sorteados que se submeterem a um teste de HIV, a prefeitura oferece um prêmio de 10 mil rands (R$ 2.200).

 

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