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Brics/África do Sul

Imprensa fica decepcionada com divergências sobre banco do Brics

No dia seguinte ao encerramento da 5ª Cúpula de Líderes do Brics, em Durban, a imprensa local faz um balanço do encontro. Os jornais acham que houve progresso no estreitamento das relações comerciais intra-Brics, com acordos para investimentos em infraestrutura na África. Por outro lado, ficaram evidentes as profundas divergências quanto ao banco de desenvolvimento do Brics, que era uma das principais expectativas da cúpula.

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Adriana Moysés, em Durban

A África do Sul reforçou sua liderança política regional com a cúpula do Brics e vai tirar benefícios econômicos da aliança com os emergentes que terão impacto em todo o continente, diz hoje o jornal Business Day. O diário destaca a criação do Conselho de Empresários do Brics, importante para impulsionar negócios e investimentos em toda a África Subsaariana, uma região marcada pela pobreza que cresceu 5% no ano passado e deve continuar nessa tendência em 2013. Por outro lado, o Business Day critica o pequeno progresso na constituição do banco de desenvolvimento do Brics.

Antes da cúpula, a expectativa era de que os líderes anunciassem o lançamento do banco com um aporte inicial de US$ 50 bilhões. No final, ao declarar que ainda existem numerosos detalhes técnicos a acertar antes de o banco ver a luz do dia, a imprensa acha que os líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul não foram nada convincentes sobre sua capacidade de constituir um banco comum, escreve o Business Day. A falta de avanços é interpretada como um fracasso para o governo sul-africano de Jacob Zuma, que luta para trazer o banco do Brics ao país.

O jornal The Mercury usa um tom mais ameno, e afirma que o sinal verde à criação do banco ja é uma primeira etapa.

Os jornais sul-africanos também destacam a proposta da Rússia à Africa do Sul de criarem um cartel como a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para coordenar as exportações de platina, paládio e ródio. Juntos, os dois países acumulam 80% das reservas mundiais desses metais preciosos e podem facilmente fixar seus preços no mercado internacional de commodities. Com essa parceria, a empresa Anglo American Platinum, a maior produtora de platina do mundo, implantada na África do Sul, pode rever seus planos de fechar minas na região de Johannesburgo. A decisão tinha sido tomada após uma onda de violência policial que matou mineiros em greve por melhores salários. 
 

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