Afeganistão tem 1° festival internacional de mulheres cineastas
Neste Dia Internacional da Mulher, uma iniciativa cultural vem reforçar, mesmo simbolicamente, a luta das afegãs por uma vida mais digna. Em Herat, a cidade mais importante do oeste do país, foi aberto o 1° Festival Internacional do Filme da Mulher.
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Trinta longas serão projetados durante o festival, que tem a participação de vinte países como Irã, Índia, Canadá, Coreia do Sul, China, Bangladesh e o próprio Afeganistão.
A organizadora do evento, Roya Sadat, explica que a iniciativa também é uma oportunidade para debates sobre as condições da mulher afegã. A atriz e diretora Aqeela Rezayee espera que o festival ajude as afegãs a conscientizaremos seus direitos e pensa que o encontro poderá ter repercussões positivas bem além das fronteiras. A violência é um tema que não será descartado.
Para a maioria dos homens afegãos, é inaceitável que uma mulher atue num filme.
Mesmo se o festival é uma boa ideia, paradoxalmente, as afegãs não podem ir ao cinema e as salas praticamente desapareceram das cidades. Por esta razão, Sedi Barmak, diretor de" Osama", filme afegão que venceu o Golden Globe de melhor filme estrangeiro em 2004, acha que este primeiro festival é importante para se restabelecer a conexão entre o povo afegão e seus filmes.
Dezenas de longas foram produzidos no país dos anos 60 a 80, mas a guerra civil e os talebãs foram minando a atividade. Durante o período que os talebãs ficaram no poder, de 1996 a 2001, foram proibidos filmes e televisão por motivos religiosos.
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