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Linha Direta

Argentina julga, pela primeira vez, ex-militares envolvidos em ditaduras na América do Sul

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Começa nesta terça-feira, em Buenos Aires, o julgamento pelos crimes de lesa-humanidade cometidos a partir da chamada Operação Condor. A operação coordenou ações repressivas entre as ditaduras sul-americanas durantes as décadas de 70 e 80. Entre os 27 acusados argentinos, estão ex-generais e até ex-presidentes, como os ditadores Jorge Videla e Reynaldo Bignone. O julgamento tem impacto dentro da Argentina, mas também reflexos pelos países da região como o Brasil, envolvido na operação.O ponto que mais interessa ao Brasil neste julgamento é a possibilidade de saber o que aconteceu com o pianista brasileiro Tenório Junior que tocava com Vinícius de Moraes e com Toquinho em Buenos Aires, em março de 76, após um show desapareceu, possivelmente como vítima da Operação Condor. O julgamento deve durar cerca de dois anos e ser concluído com sentenças históricas e exemplares.As Associações de Direitos Humanos calculam que somente na Argentina, entre 1976 e 1983, em apenas sete anos, desapareceram 30 mil pessoas. O ex-ditador Jorge Videla disse que esses números são exagerados e que "somente" desapareceram umas 7 ou 8 mil pessoas. Videla pode ser condenado novamente à prisão perpétua por genocídio. Também será julgado outro ex-ditador, Reynaldo Bignone, o último da ditadura, assim como o ex-general Luciano Benjamín Menéndez.Clique acima e ouça a análise do nosso jornalista Márcio Resende, direto de Buenos Aires.

Ex-militares argentinos Reynaldo Bignone e Jorge Videla pode ser condenados à prisão perpétua por genocídio
Ex-militares argentinos Reynaldo Bignone e Jorge Videla pode ser condenados à prisão perpétua por genocídio RFI/Image
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