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Carne de cavalo/União Europeia

UE anuncia plano de ação em escândalo da carne de cavalo

O escândalo continua a crescer na Europa. Novos países começam a descobrir que produtos que deveriam ter conter carne de boi foram preparados com carne de cavalo . Depois de uma reunião nesta sexta-feira, os 27 estados-membros da União Europeia decidiram realizar milhares de testes em pratos congelados. A União Europeia também decidiu confiar à Europol, a polícia europeia, as investigações policiais do caso.  

A União Europeia decidiu realizar testes de ADN para verificar a origem das carnes, neste 16 de fevereiro de 2013.
A União Europeia decidiu realizar testes de ADN para verificar a origem das carnes, neste 16 de fevereiro de 2013. REUTERS/Jean-Paul Pelissier
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A primeira etapa do plano europeu de combate à esta fraude alimentar consiste na realização de cerca de 2.250 testes de ADN, o que representa entre 10 e 150 testes em cada país do bloco, para detectar, ou não, a presença de carne de cavalo: esta foi a decisão depois da reunião de especialistas em segurança alimentar nesta sexta-feira, em Bruxelas. Os testes serão feitos junto aos distribuidores, em produtos alimentares destinados aos consumidores. Na Grã-Bretanha, os testes já foram realizados por industriais do setor, com um resultado preocupante: das 2.501 amostras, 29 produtos que anunciavam ter carne de boi tinham carne de cavalo.

A segunda etapa do plano europeu consiste no controle da própria carne de cavalo, vendida como tal, com um teste por lote de 50 toneladas. O objetivo é detectar a presença de fenilbutazona, um antirreumático e anti-inflamatório que é nocivo para o ser humano. Em torno de 4.000 carcaças de cavalos devem ser analisadas.

Novos países afetados

Outros países acusaram a presença de carne de cavalo em pratos etiquetados como carne de boi. Áustria, Noruega, Dinamarca, Holanda, França, Alemanha, Suíça e Suécia já foram atingidos pelo escândalo.

A agência francesa contra fraudes informou que o caso envolve 750 toneladas de carne, das quais 550 toneladas foram usadas na fabricação de mais de 4,5 milhões de pratos falsificados, vendidos em 13 países europeus. Na França, a empresa Spanghero, fornecedora de carne para os congelados da Findus, continua a negar que sabia a verdadeira natureza da carne. No entanto, Spanghero recebeu durante seis meses cerca de 750 toneladas de carne de cavalo com a etiqueta alfandegária correspondente à carne de cavalo. Os 300 empregados da empresa estão parados, depois que as autoridades franceses retiraram a sua licença sanitária.

Na Alemanha, foi descoberto que a carne de cavalo ilegal encontrada nos pacotes da massa "tortelloni de carne de boi", distribuída pela rede de supermercados alemã Lidl, foi etiquetada em uma empresa no Liechtenstein chamada Hilcona AG. A filial deste empresa , na Alemanha, comercializa e distribui os produtos no próprio país e na Austria.

A União Europeia também decidiu confiar à Europol, a polícia europeia, as investigações policiais do caso. A longo prazo, os europeus devem adotar o local de origem da carne nas etiquetas dos pratos congelados.

 

 

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