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Imprensa

Inflexibilidade de Al Assad vai fazer guerra na Síria durar muito tempo

A imprensa francesa começa a semana exibindo como destaques em suas manchetes a repercussão do discurso do ditador sírio Bashar Al-Assad, a dor de cabeça do governo francês para propor uma alternativa à cobrança de 75% de impostos dos milionários franceses e até o famoso passaporte russo recebido pelo ator francês Gérard Depardieu.

Capa dos jornais franceses desta segunda-feira, (07).
Capa dos jornais franceses desta segunda-feira, (07). RFI/lesechos/liberation/figaro.fr
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O presidente sírio se mostrou inflexível sobre seu poder e em manter a repressão contra seus opositores, escreveu o Libération. O carrasco persiste, afirma o jornal em sua primeira página, ilustrada com uma foto do discurso de Bashar Al-Assad neste domingo, em Damasco. Nesse seu primeiro discurso em sete meses, o líder sírio mantém firme sua posição e recusa uma solução política. Ele toma a palavra mas continua totalmente surdo, escreve o Libé em referência aos apelos da comunidade internacional para que negocie com a oposição e deixe o cargo para por fim à crise iniciada em março de 2011. O martírio do povo sírio deve durar ainda vários meses, prevê o jornal.

Imposto

O governo francês está diante de um quebra-cabeça para contornar a proibição de de taxar em 75% os impostos dos franceses que ganham mais de 1 milhão de euros por ano, afirma em sua manchete o Les Echos. O jornal econômico diz que o ministro do Orçamento, Jérôme Cahuzac, descarta completamente voltar a cobrar o imposto que foi rejeitado em dezembro pelo Conselho Constitucional. O governo não abandonou a ideia mas está revendo todos os detalhes e para propor uma nova cobrança que será juridicamente incontestável, informa o Les Echos.

Exílio fiscal

A imagem do ator Gérard Depardieu exibindo seu passaporte russo está em todos os jornais franceses desta segunda-feira. O conservador Le Figaro diz que ele foi recebido como herói no país e depois de um jantar com o presidente Vladimir Putin foi visitar a Mordávia, região onde foi convidado a ser ministro da Cultura. Em editorial, o jornal diz que o abraço de Putin e Depardieu tem a dimensão de uma farsa e o mérito desse ato é mostrar ao mundo a absurda política fiscal na França.
O Les Echos considera no entanto que não vai ser fácil para Depardieu pagar seus impostos na Rússia, país que taxa em apenas 13% os cidadãos do país. Ele tem que se instalar com família e morar a maior parte do tempo na Rússia e mesmo assim, se continuar a trabalhar na França, deverá pagar imposto ao Fisco francês segundo o acordo de tributação assinado entre os dois países, em 1996.
Aujourd'hui en France pergunta se a festa para Depardieu na Rússia era mesmo real ou cena de filme. O final de semana do ator francês foi rocambolesco, afirma o jornal. Com seu passaporte russo, Depardieu, chamado pelo jornal de ícone turbulento da sétima arte, tem um ano para renunciar à sua nacionalidade francesa.
 

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