Defensores de animais produzem "faux gras", imitação do foie gras
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Se você quer decepcionar um francês no Natal ou no Réveillon, diga que não vai ter o foie gras, o ingrediente indispensável em qualquer menu de fim de ano. Mas apesar do gosto delicioso, o foie gras provoca controvérsia devido à maneira como é fabricado. E se os defensores dos animais conseguissem levar para os pratos uma versão mais politicamente correta deste que é um dos símbolos da culinária francesa? Esta é a proposta dos fabricantes do "faux gras", uma variação de foie gras produzida a base de ingredientes vegetais.
Ou seja, nada de alimentação forçada dos animais, nesta que é a técnica utilizada para inchar o fígado dos patos e que é vista por muitos como maus tratos. O "faux gras" da marca Gaia, uma ONG belga de proteção dos animais, já está à venda desde 2009 em muitos supermercados da Bélgica. O ano de 2012 marca a entrada do produto na França, onde a resistência se anuncia forte. Ann De Greef, diretora da Gaia, explica as qualidades da novidade.
A ativista afirma que a associação realizou pesquisas e percebeu que muitos belgas só comem o foie gras na hora das festas de fim de ano. Com o faux gras custando bem mais barato que o original e tendo um gosto semelhante ao verdadeiro produto, ela acha que este público é o mais sensível a abandonar o foie gras.
Carolina Mires, uma franco brasileira que cresceu entre a França e o Brasil, não nega: é apaixonada por foie gras. Com a mãe francesa, ela aprendeu a degustar o produto desde pequena, e confessa que a última coisa em que pensa quando está diante de um prato de foie gras é no modo como ele foi fabricado.
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