Durante toda esta semana, 193 países membros da União Internacional das telecomunicações (UIT), da ONU, se reúnem em Dubai, na Conferência Mundial sobre Telecomunicações Internacionais (WCIT-12), para negociar a revisão dos padrões técnicos globais do setor.O último tratado sobre o assunto foi assinado em 1988 e não faz referência à Internet, já que nessa época a rede começa apenas a dar seus primeiros passos. Por isso, as negociações prometem ser intensas.Os limites da regulamentação atual serão discutidos em relação ao que é comunicação pública, às interconecções entre as redes, às definições de serviços de telecomunicação, à telecomunicação governamental, correspondência pública, spam, interconecção de IP, dados pessoais e roteamento internacional.Sobre este último tema, o Brasil quer criar pontos de tráfego para evitar que as conexões domésticas sejam trafegadas pelos Estados Unidos. O advogado especialista em cultura digital, Paulo Rena Santarém, explica porque o modelo atual não é positivo para o Brasil. Para Rena, a Internet é um mercado pouco controlado, mas que se desenvolveu exatamente devido à falta de regulamentação. Isso permitiu a inovação na rede.Ouça a entrevista com Paulo Rena Santarém.
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