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Crise/Grécia

Governo grego chega a acordo preliminar sobre pacote de austeridade

Os três partidos da coalizão governamental grega chegaram nesta quinta-feira a um acordo sobre "os principais pontos" das novas medidas de austeridade exigidas pela União Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI como condição à liberação de uma nova parcela do empréstimo ao país. O anúncio do consenso foi feito pelo ministro das finanças, Yannis Stouraras, depois de uma reunião com os chefes dos partidos. Para poder receber os 35,5 bilhões de euros, os gregos precisam cortar 11,5 bilhões de seu orçamento para 2013 e 2014.

O primeiro ministro Antonis Samaras (e) conversa com o ministro das finanças, Yannis Stournaras
O primeiro ministro Antonis Samaras (e) conversa com o ministro das finanças, Yannis Stournaras REUTERS/Yorgos Karahalis
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O próximo passo é entrar em um acordo com a "troika" (UE-BCE-FMI) - cujos representantes devem chegar a Atenas no próximo domingo - e com seus parceiros europeus. Segundo Stouraras, o acordo, obtido em duas horas pelo primeiro ministro Anotnis Samaras, o socialista Evangelos Venizelos e o representante da esquerda moderada, Fotis Kouvelis, fortalece o poder de negociação da Grécia para as reuniões com os credores. Kouvelis, no entanto, foi mais moderado. De acordo com ele, o que se estabeleceu foi mais uma diretriz do que uma solução. "Ainda há questões em suspenso", afirmou, sem especificá-las.

Os dirigentes se reuiram várias vezes desde o início de setembro para tentar finalizar este acordo sobre as novas medidas, que devem incluir novos cortes nos salários, aposentadorias, ajudas sociais e reformas estruturais. A pressão interna cresce, conforme se aproxima o prazo para a apresentação do plano. Já na próxima segunda-feira, o governo deve apresentar ao parlamento um pré-projeto do orçamento para 2013, que incluirá uma parte das medidas de austeridade.

O objetivo é votar os cortes rapidamente para dispor do apoio dos europeus na cúpula de 18 de outubro, em que Atenas devem pedir oficialmente mais dois anos para promover o ajuste orçamentário. Pelo primeiro compromisso assinado pelos gregos, este prazo se encerraria em 2014. "O tempo corre contra nós, não podemos esperar", afirmou Venizelos. "Devemos estabelecer um acordo total para apresentar ao parlamento, que preveja a configuração do próximo corte, as metas sociais e de crescimento".
 

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