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Síria/violëncia

Emissário da ONU e Liga Árabe traça retrato sombrio da Síria

O emissário da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, traçou diante do Conselho de Segurança, nesta segunda-feira, uma imagem obscura do conflito na Síria. Ele informou que a violência no país se agrava e que a crise alimentar é cada vez mais preocupante. O conflito já provocou a morte de 29 mil pessoas em 18 meses, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Cenário de destruição em Aleppo, no dia 23/09, após confrontos entre exército e rebeldes.
Cenário de destruição em Aleppo, no dia 23/09, após confrontos entre exército e rebeldes. REUTERS/George Ourfalian
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Brahimi relatou ao Conselho os resultados de sua recente visita à Síria, durante a qual se reuniu com o presidente Bashar al-Assad, em meados de setembro. O líder sírio reiterou que seu governo não reconhece a onda de contestação e que considera os opositores sírios como "terroristas".

Segundo diplomatas presentes na reunião, o emissário declarou aos 15 países membros do Conselho que o regime sírio estima em cinco mil o número de estrangeiros que aderiram aos combates e que retrata a guerra civil como "uma conspiração estrangeira".

O conflito já provocou a morte de 29 mil pessoas em 18 meses, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). De acordo com Brahimi, 1,5 milhão de pessoas fugiram de suas casas e o país tem enfrentado a escassez de alimentos porque as plantações foram destruídas pelos combates entre rebeldes e o Exército oficial.

O emissário relatou ainda ao Conselho que a tortura de prisioneiros se tornou um hábito e que os sírios temem ir para os hospitais, que estão nas mãos das forças do regime.

Ele afirmou que não há, por enquanto, "um novo plano de ação" para resolver a crise síria. Ao se referir à proposta de seis pontos de Kofi Annan, seu antecessor, Brahimi ressaltou que o plano Annan continua sendo "o caminho certo" a ser seguido.
 

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