A cidade de Marselha, no sul da França, enfrenta uma onda de violência sem precedentes, resultado da guerra de gangues e do narcotráfico que se intensificou nos últimos anos. Desde janeiro, 19 pessoas morreram, em circunstâncias que muitas vezes lembram os crimes cometidos pelos traficantes no Rio de Janeiro. Nesta quinta-feira, o premiê francês, Jean Marc Ayrault, reuniu um comitê para discutir um plano de ação contra a crimininalidade na cidade. Uma senadora francesa do PS, o partido do governo, chegou até mesmo a sugerir a intervenção do exército na região. Uma comparação que não causa surpresa aos habitantes da cidade, que tentam se adaptar à insegurança, e sobreviver ao trauma de algumas agressões.