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Conflito/Colômbia

Farc apresentam representantes para negociar a paz na Colômbia

As Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) devem revelar hoje, durante entrevista coletiva em Cuba, os nomes dos representantes da guerrilha que vão participar do diálogo de paz com o governo colombiano. O presidente colombiano Juan Manuel dos Santos revelou ontem à noite o grupo que vai dialogar com os guerrilheiros.

Líder das Farc Mauricio Jaramillo concede coletiva de imprensa em Havana, no dia 4 de setembro
Líder das Farc Mauricio Jaramillo concede coletiva de imprensa em Havana, no dia 4 de setembro REUTERS/Enrique De La Osa
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O líder das negociações pelo lado do governo será o ex-vice-presidente Humberto de la Calle, que será apoiado por um general do exército, um ex-comandante da polícia, um empresário e políticos especializados em segurança. As conversas formais serão abertas em Oslo, em outubro, e uma segunda reunião será realizada em Havana.

Prova norueguesa
A Noruega, que tem na resolução pacífica de conflitos um dos pilares de sua diplomacia, encara uma tarefa árdua ao mediar as conversas entre o governo colombiano e as Farc. Oslo, que sedia o Prêmio Nobel da Paz, já contribuiu para o fim dos conflitos na Guatemala, em 1996, mediou, há 20 anos, as conversas entre palestinos e israelenses que resultaram nos "Acordos de Oslo", tentou resolver crises no Sri Lanka e nas Filipinas.

Embora não tenham conseguido grandes resultados nestes últimos três, os noruegueses têm esperança de encerrar o meio século de confrontos entre as autoridades colombianas e a guerrilha marxista. O momento é propício: as Farc passam por um momento difícil depois do inúmeros embates políticos e militares com o governo Alvaro Uribe. A saída de Uribe, declaradamente contrário ao diálogo com os para-militares também é vista com bons olhos.

E os atores em cena também contribuem para o otimismo. Participantes ativas no processo, Cuba e Venezuela devem facilitar as negociações, já que são simpáticas a algumas das reivindicações sócio-econômicas da guerrilha, como a reforma agrária.

 

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