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Fato em Foco

Oposição reclama de irregularidades em eleições angolanas

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Angola vai às urnas nesta sexta-feira, para a terceira eleição geral desde a independência do país, em 75. Mais de 9,7 milhões de angolanos estão convocados para votar e escolher os 220 deputados da Assembleia Nacional. Para a presidência, o resultado não deve ter surpresas: o favorito é o atual presidente, José Eduardo dos Santos, o Zédu, que ocupa o cargo há 33 anos.

Mulher faz campanha pelo principal candidato da oposição, Isaias Samakuva.
Mulher faz campanha pelo principal candidato da oposição, Isaias Samakuva. REUTERS/Siphiwe Sibeko
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No último pleito, em 2008, o partido Movimento Popular para a Libertação de Angola acabou com 81% dos votos, contra 10% para o principal opositor, a União Nacional para a Independência Total de Angola.

A oposição denuncia uma série de irregularidades no processo eleitoral. Um número reduzido de eleitores foi considerado apto a votar e entre estes, existiriam ilegalidades de registro. O governo negou as acusações e garante que mais de 2 mil e 200 observadores vão acompanhar a votação, 700 deles estrangeiros. Alcides Sakala, porta-voz do principal candidato da oposição, Isaias Samakuva, explica as suspeitas.

Estes últimos dias antes das eleições foram marcados por tensão no ar. O ativista contra a corrupção Rafael Marques lamenta que Angola ainda não ofereça plena liberdade de expressão à população.

A Angola, a segunda economia que mais cresce na África, é um parceiro estratégico do Brasil. O país é o que mais atrai investimentos privados brasileiros no continente, na ordem de 4 bilhões de dólares, através de empresas como Petrobras, Vale e as construtoras Odebretch e Andrade Gutierrez, por exemplo. O professor de Relações Internacionais da USP Christian Lohbauer analisa que essa situação não vai mudar em função das eleições.

Os angolanos que moram no Brasil não conseguirão votar porque a embaixada e os consulados do país devem estar fechados nesta sexta-feira.
 

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