A península do Sinai, no Norte de Egito, se tornou palco de violência esta semana depois de um ataque fatal de extremistas contra 16 guardas de fronteira egípcios perto da fronteira tripla com Israel e a Faixa de Gaza. O ataque evidenciou o caos que tomou conta do Sinai desde a queda do ex-presidente Hosni Mubarak e se tornou o primeiro grande desafio do novo presidente, Mohammed Mursi.A correspondente da RFI em Israel, Daniela Kresch, explica que Mursi está entre a cruz e a espada. De um lado, quer evitar entrar em confronto com o Hamas e os palestinos de Gaza, ligados histórica e culturalmente ao Egito; por outro lado, ele não pode ignorar um ataque como esse e permitir que a falta de controle na fronteira com Gaza aumente.O ataque do domingo passado foi um fato inesperado, pois a violência estava ausente da região desde o Acordo de Paz entre Israel e Egito, em 1979. A calmaria fez com que o pitoresco Sinai, uma península com geografia desértica no Norte do Egito, com hotéis de luxo e pousadas para jovens mochileiros às margens do Mar Vermelho, se tornasse muito apreciado por turistas de todo o mundo.
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