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Planeta Verde

Matar tubarões não é solução para evitar ataques, dizem especialistas

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Dois recentes ataques de tubarões a surfistas da ilha da Reunião, território francês no oceano índico, levaram as autoridades a capturar 20 animais do mar para pesquisas científicas. Apesar de aliviar o medo de alguns habitantes do local, matar os tubarões não resolve o problema. Por isso, a medida sofre críticas tanto dos banhistas quanto dos protetores da fauna marinha.

Polícia contém manifestantes contra ação de tubarões na Ilha da Reunião, nesta terça.
Polícia contém manifestantes contra ação de tubarões na Ilha da Reunião, nesta terça. Reuters/Laurent Campas
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Especialistas alegam que levar os temidos peixes para alto mar é a solução mais eficiente. Mas uma grande dificuldade é que na ilha francesa as águas profundas se encontram muito próximas das áreas de banho, e os tubarões acabam voltando.

Porém no Brasil, por exemplo, a situação é diferente e essa foi a tática adotada no Recife, uma das regiões que mais registram ataques de tubarão no mundo, atrás da Austrália e da África do Sul. O professor Fábio Hazin, diretor do Programa de Monitoramento de Tubarões da Universidade Federal Rural de Pernambuco,  explica como funciona. Ele também lembra que o risco de um surfista ser atacado é muito maior do que um banhista, por ficar muito tempo exposto em águas mais profundas, muitas vezes em zonas proibidas para o banho. Outros fatores, como a poluição e a diminuição da quantidade de peixes nos oceanos também atraem os tubarões.

O diretor do Instituto Oceanográfico de Paris e do Museu Oceanográfico de Mônaco, Robert Calcagno, destaca que os tubarões são bem menos perigosos do que se imagina. Ocorrem entre 50 a 100 ataques por ano, que resultam em cerca de 10 mortes de humanos. As águas-vivas, por exemplo, matam 10 vezes mais do que isso. O especialista diz que é quase impossível modificar os hábitos destes peixes:

 

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