Franceses viajam menos durante férias de verão, segundo imprensa

Em tempos de crise, a imprensa francesa destaca à redução do número de franceses que viaja durante as férias de verão. Os jornais também homenageiam o cineasta Chris Marker, que faleceu no domingo, e comentam as vitórias da equipe de natação da França.

Pesquisas mostram que mais de um terço dos franceses vão ficar em casa durante o verão. AFP / FRED DUFOUR

O Humanité desta terça-feira traz uma reportagem sobre a diminuição do número de franceses que viajam nas férias. Segundo o diário, mais de um terço dos franceses vão ficar em casa durante o verão já que "as férias se transformaram em luxo".

De acordo com um estudo do Instituto Opinionway citado na reportagem, em 2009, 78% dos franceses saíram de casa durante as férias, em 2010, o número caiu para 73% e no ano passado para 69%. Este ano, 48% declaram que tiveram que fazer economias na hora de escolher um destino ou foram obrigados a diminuir o tempo de estadia.

Outro dado da mesma pesquisa mostra que as desigualdades aumentaram, já que metade dos franceses entrevistados tem um orçamento de 500 euros, aproximadamente 1400 reais para as férias, enquanto a outra metade conta com 1500 euros, quase 3600 reais.

Os jornais também prestam uma homenagem ao cineasta, fotógrafo e escritor francês Chris Marker que faleceu no domingo, no dia de seu aniversário de 91 anos, em Paris. Libération diz que o diretor do curta-metragem de ficção científica "La Jetée" “era um artista multipolar cujas invenções se confundiam com os fatos" e destaca sua influência no movimento cinematográfico Nouvelle Vague.

Le Figaro traça sua biografia, desde a entrada na Resistência francesa, durante a Segunda Guerra Mundial, até sua passagem pelo partido comunista. Para l'Humanité, Maker parecia um artista solitário, mas na verdade era um homem coletivo e solidário.

E claro, as Olimpíadas também são destaque nesta terça-feira. "Os segredos da natação francesa" diz o título do Aujourd'hui en France, se referindo às três medalhas de ouro conquistadas pelo país.

Segundo o jornal, depois do fiasco das Olimpíadas de Atlanta, quando a França não conseguiu nenhuma medalha neste esporte, a natação francesa definiu novas regras e aumentou as exigências de acesso a competições internacionais. O resultado foram medalhas e nadadores como Camille Muffart,campeã dos 400 metros livre e Yannick Agnel, campeão no revezamento 4 por 100 e dos 200 metros livre. Le Figaro traça o perfil dos dois campeões e do treinador Fabrice Pellerin que, segundo o jornal, é cerebral, exigente e pragmático.