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Imprensa francesa

Jornais comentam plano do governo para reduzir déficit público

O novo orçamento da França para 2012, examinado pelo Parlamento nesta segunda-feira, é um dos temas em destaque nas manchetes dos jornais franceses. O projeto do governo socialista contém várias medidas de economia para diminuir o déficit público e prevê a arrecadação de mais de € 8 bilhões com novos impostos ou com a eliminação de privilégios fiscais.

François Hollande durante entrevista no Hotel da Marinha, em Paris, neste 14 de julho de 2012.
François Hollande durante entrevista no Hotel da Marinha, em Paris, neste 14 de julho de 2012. Reuters/France TV/Handout
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Le Figaro argumenta, em seu editorial de hoje, que se a França conseguir equilibrar suas contas graças aos impostos, essa aparente vitória será na verdade uma derrota. Isso porque seria uma solução provisória a um "problema contábil", sem enfrentar o problema fundamental, que é "o fardo da despesa pública". O jornal conservador critica o presidente François Hollande por não falar claramente sobre a situação econômica da França, como fazem Mariano Rajoy na Espanha e Mario Monti na Itália.

O diário econômico Les Echos aponta três questões difíceis que o presidente francês deve abordar nos próximos dias: as modificações nas regras fiscais para diminuir o déficit público, a gestão da crise na montadora Peugeot Citroën e a elaboração do orçamento para o ministério da Defesa, que provavelmente vai ter como consequência uma diminuição das ambições estratégicas francesas.

"Peugeot Citroën: A prova de fogo", diz a manchete de L'Humanité. "Para os dirigentes de Peugeot Citroën, era impensável lançar seu plano de reestruturação em plena campanha eleitoral. Foi o novo chefe de Estado que herdou essa bomba social", diz o jornal comunista, que publica uma pesquisa de opinião sobre qual deve ser a atitude do governo em relação ao corte de oito mil empregos anunciado pela montadora.

38% dos entrevistados afirmam que o governo deve garantir que todas as soluções do diálogo social sejam exploradas, enquanto 28% pensam que o Estado deve obrigar a direção da Peugeot a desistir dos cortes. Já 21% acham que o governo deve ajudar financeiramente o grupo para evitar a supressão de postos de trabalho e 14% dizem que o poder público não deve tomar nenhuma atitude, pois se trata de um caso que diz respeito ao setor privado.

"O que o Estado pode fazer pelos trabalhadores da Peugeot?", pergunta a manchete de La Croix. O diário católico lembra que o presidente François Hollande afirmou no último sábado que o Estado não deixará que a empresa faça o corte previsto de oito mil empregos.

Libération dedica sua primeira página a uma reportagem exclusiva realizada junto aos rebeldes sírios perto da fronteira com a Turquia, no norte do país."Encurralado, Bashar al-Assad continua pronto a sacrificar seu país para tentar salvar seu poder", acusa o jornal progressista.

 

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